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Agricultores do Baixo Alentejo apreensivos com aumento dos combustíveis

A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) mostrou-se hoje apreensiva com as consequências do aumento dos preços dos combustíveis e pediu ao Governo medidas que mitiguem os efeitos e de apoio ao setor agrícola.

Agricultores do Baixo Alentejo apreensivos com aumento dos combustíveis
Notícias ao Minuto

11:22 - 27/10/21 por Lusa

Economia Agricultores

Em comunicado enviado à agência Lusa, a FAABA refere que "o aumento dos preços dos combustíveis está a provocar ondas de choque nos preços de fatores de produção para a agricultura, que podem conduzir à disrupção da sustentabilidade económica das explorações agrícolas e pecuárias em todo o país".

Também "está a ser observada uma escassez generalizada na oferta de produtos e matérias-primas", provocando "uma escalada generalizada de aumentos de preços de que não há memória recente, e sem um fim à vista".

"Preocupada com as consequências desta realidade tanto na produção, como pelo facto de poder acarretar consequências também para os consumidores", a FAABA "apela às estruturas governativas e políticas nacionais para que sejam tomadas medidas que mitiguem os efeitos do aumento dos custos de produção e da eventual perturbação da oferta".

"A FAABA e os agricultores em geral estão muito apreensivos com esta situação", frisa a federação, apelando "aos responsáveis políticos para que promovam medidas de apoio ao setor que possam minimizar esta escalada de preços", a qual, "certamente, irá ter repercussão negativa nos preços dos produtos ao consumidor".

"Ainda que sem criar alarmismos, não poderá ser descurado o eventual cenário de falta de produtos e fatores de produção para manter a normal atividade agrícola", alerta.

Segundo a FAABA, entre os vários exemplos do aumento dos preços destaca-se o gasóleo agrícola, que "sofreu um agravamento de 44%" entre outubro de 2020, quando custava "0,66 euros/litro", e este mês, que chegou aos "0,95 euros/litro".

Em relação à última campanha desta época de outono/inverno, os adubos usados nas sementeiras "tiveram aumentos absolutamente proibitivos e asfixiantes, situando-se entre 82% e 126%".

A ureia, "adubo muito utilizado e vulgarizado, sofreu um aumento de 153%", e os preços dos agroquímicos e sementes "aumentaram muito significativamente, entre os 25 e 40%".

"O impacto na cultura do trigo é um exemplo paradigmático", indica a FAABA, referindo que os encargos com a cultura rondavam os 540 euros por hectare na campanha do ano passado e este ano as contas apontam para um valor na ordem dos 815 euros por hectare, "o que inviabiliza esta cultura, especialmente em sequeiro".

As culturas permanentes e de primavera/verão "já foram afetadas" na atual campanha agrícola e, "no caso do olival, e considerando só os combustíveis, fertilizantes e agroquímicos, ocorreu um aumento de aproximadamente 300 euros por hectare nos custos de produção, o que corresponde a um incremento de 13%".

"Se nada acontecer para contrariar esta tendência, prevê-se que na próxima campanha estes aumentos sejam superiores a 500 euros por hectare, ou seja, um agravamento dos custos dos fatores de produção sempre superior a 20%".

O caso das rações para animais "também é preocupante", avisa a FAABA, indicando que, "comparativamente a igual período do ano passado, observou-se um aumento" dos preços, "variando entre 10 e 25%, dependendo das características das matérias-primas incorporadas nas rações".

"A tendência é para aumentar ainda mais tendo em consideração o elevado preço dos cereais na presente campanha", alerta, precisando que os preços de rações para a pecuária biológica que se estão a praticar "revelam-se absolutamente incomportáveis".

Tal como acontece com os combustíveis, "também se verifica uma diferença muito significativa nos preços das rações" em Portugal "quando comparados com os que se praticam na vizinha Espanha".

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