OE2022: "O ónus está do lado do Partido Socialista"
A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, considerou que as medidas que têm sido acrescentadas à proposta de orçamento pelo Governo são insuficientes ou tiros ao lado, remetendo para o PS o ónus da viabilidade do OE2022.
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Economia CGTP
Isabel Camarinha liderou hoje a comitiva da CGTP que se reuniu com a coordenadora do BE, Catarina Martins, na sede do partido, em Lisboa, a propósito da apresentação das prioridades de política reivindicativa para o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) e legislação laboral que a central sindical tem feito aos partidos.
"Relativamente às medidas que têm vindo a ser acrescentadas [à proposta de orçamento], até no quadro das negociações que tem havido entre o PS e outros partidos, o que verificamos é que elas continuam a ser ou insuficientes ou algumas são até tiro ao lado relativamente aquilo que era necessário alterar nomeadamente na legislação laboral, mas também no que se refere aos salários, à negociação da contratação coletiva, à precariedade que são insuficientes", respondeu, quando questionada sobre o impasse no OE2022.
A declaração foi feita minutos antes de se conhecer o voto contra do PCP na generalidade do OE2022, mas a líder da CGTP já remetia as responsabilidades para o PS.
"Neste momento continua a estar nas mãos do Partido Socialista garantir a viabilidade quer do Orçamento do Estado quer das respostas que são necessárias em termos gerais. O ónus está do lado do Partido Socialista", defendeu.
Para Isabel Camarinha, o "PS tem todas as condições para poder dar a resposta necessária aos problemas dos trabalhadores e do país".
O aumento geral dos salários, a redução do horário laboral para as 35 horas, o fim da precariedade e alterações à legislação laboral que "tem desequilibrado a balança entre patrões e trabalhadores" são algumas das prioridades da CGTP.
"Deste conjunto de grandes prioridades da CGTP, não tem havido da parte do Governo o investimento nestas matérias que são imprescindíveis", lamentou.
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