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EDP. Medidas para atenuar preços da eletricidade "positivas"

O presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d'Andrade, considera as medidas tomadas pelo Governo para atenuar a subida dos preços da energia como "positivas", ao contrário daquelas tomadas por outros países. 

EDP. Medidas para atenuar preços da eletricidade "positivas"
Notícias ao Minuto

18:10 - 21/10/21 por Lusa

Economia Crise/Energia

"Estamos a viver um ambiente do ponto de vista energético bastante volátil, mas acho que as medidas foram positivas porque permitiram mitigar o impacto nas famílias portuguesas, e isso é no interesse de todos", disse à agência Lusa, à margem da inauguração do centro de operações e manutenção do parque eólico Moray East, norte da Escócia.

O dirigente da EDP elogiou o Governo por ter seguido as recomendações da União Europeia, mas sem se alinhar com soluções adotadas por outros países. 

"Não concordamos com as medidas que foram tomadas noutros países. Neste caso, acho que as coisas foram bem feitas", defendeu. 

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, anunciou em setembro um conjunto de medidas para atenuar a subida do preço da eletricidade junto dos consumidores, como a eliminação do sobrecusto da Produção em Regime Especial Renovável (PRE), que passará a ser um sobreganho, num valor que ascende a 250 milhões de euros, e a eliminação do sobrecusto com o Contrato de Aquisição de Energia (CAE) da central termoelétrica a carvão do Pego, gerando uma poupança anual de 100 milhões de euros.

Adicionalmente, a revogação do mecanismo de interruptibilidade gera uma poupança anual de 100 milhões de euros e a consignação das receitas decorrentes da venda de licenças de dióxido de carbono (CO2), no valor estimado de 270 milhões, resulta numa receita adicional de 120 milhões, face à receita inicialmente orçamentada no Fundo Ambiental, de 150 milhões de euros.

Por fim, há ainda a 'almofada' da consignação das receitas decorrentes da contribuição extraordinária sobre o setor energético, no valor estimado de 110 milhões de euros, ascendendo o montante total a 680 milhões, o que garante uma redução das tarifas de acesso às redes de 13%.

A escalada dos preços que afeta grande parte da Europa deve-se, entre outros fatores, ao aumento do custo do gás nos mercados internacionais, que é utilizado em centrais elétricas de ciclo combinado para a produção de eletricidade.

O presidente executivo da EDP considera que a atual conjuntura é mais uma razão para apostar mais nas energias renováveis, porque "têm um custo previsível" e podem ser desenvolvidas na Europa, seja como energia eólica ou solar, ajudando a baixar o custo global das energias".

A crise energética já fez duas baixas em Portugal: a HEN foi a primeira a fechar operação, passando os seus cerca de 3.900 clientes para o mercado regulado, seguindo-se empresa Energia Simples, que enviou 5.300 clientes para o comercializador de último recurso, a EDP.

No entanto, Stilwell d'Andrade não vê esta situação como vantajosa para ganhar mais clientes e mercado. 

"A EDP trabalha em 22 países. Queremos ambientes competitivos, de concorrência sã, saudável. Estamos a pensar no médio e longo-prazo. Pode haver sempre empresas que aparecem e desaparecem, e isso faz parte do mercado, mas não somos nem beneficiados nem prejudicados", afirmou.

Leia Também: EDP quer usar tecnologia desenvolvida em Viana de Castelo na Escócia

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