A Energia Simples, marca da PH Energia, é mais uma das comercializadoras de energia a transferir os clientes para o operador do mercado regulado, avança o Público, esta quinta-feira.

O Notícias ao Minuto já tentou confirmar esta informação junto da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), mas fonte oficial adiantou apenas que a ERSE "só se poderá pronunciar sobre casos concretos após a finalização do processo [de consulta de interessados sobre o conjunto de medidas extraordinárias para os setores elétrico e do gás natural] e a aprovação das novas regras que visam preservar o funcionamento do mercado da energia, limitando os impactes adversos sobre o setor". 

Contudo, ao que indica o mesmo jornal, a empresa já terá informado os clientes de que vão passar a ser fornecidos pela SU Electricidade.

"Por questões de estratégia, e tendo em conta a situação de mercado, decidimos sair temporariamente da atividade de comercialização", disse fonte da empresa, citada pelo Público. 

Ainda assim, a Energia Simples mantém-se na atividade de representação de produtores e compra de energia renovável.

A Energia Simples disse aos clientes que atualmente se atravessa um "período de grande instabilidade" e referiu que os "clientes vão ter tarifários de energia mais competitivos do que aqueles que lhes podemos oferecer".

Empresas do setor sob pressão

Os preços elevados no mercado grossista têm estado a pressionar as empresas do setor. No início da semana, recorde-se, a ERSE foi formalmente notificada de que o comercializador HEN deixou de ter condições para assegurar o fornecimento aos seus clientes. O serviço para os clientes passa a ser assegurado pelo Comercializador de Último Recurso.

O Regulamento de Relações Comerciais dos setores elétrico e do gás prevê que o Comercializador de Último Recurso – função desempenhada pela SU Eletricidade que fornece todos os clientes que não optaram por um comercializador de mercado – garanta o abastecimento aos consumidores, cujo comercializador fique impedido de o fazer, designadamente por impedimento legal ou insolvência, lembra a ERSE. 

[Notícia atualizada às 11h37]

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