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OE? Cenário macroeconómico coerente, mas existem riscos, avisa CFP

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) defendeu hoje que o cenário macroeconómico, subjacente à proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), é "globalmente coerente" com as projeções, mas alertou que existem riscos quanto à sua materialização.

OE? Cenário macroeconómico coerente, mas existem riscos, avisa CFP
Notícias ao Minuto

00:48 - 12/10/21 por Lusa

Economia Orçamento

"[...] O CFP endossa o cenário macroeconómico do Ministério das Finanças, sendo este globalmente coerente com as previsões e projeções mais recentes conhecidas para a economia portuguesa, incluindo as do CFP", apontou, em comunicado.

Segundo o organismo presidido por Nazaré da Costa Cabral, este é um cenário "provável" para a economia nacional em 2021-2022, mas existem riscos associados à sua materialização, tais como a evolução da pandemia de covid-19, bem como a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

"A atual pandemia originou fortes entraves nas cadeias de fornecimento globais e alterações relevantes ao nível da procura, levando a impactos significativos ao nível da oferta e a desequilíbrios no mercado de trabalho que amplificam os riscos deste cenário", referiu.

O CFP notou ainda que os preços das matérias-primas e de outros bens têm aumentado substancialmente nos mercados internacionais, o que, por sua vez, tem limitado mais a "normalização da oferta" e promovido um aumento das pressões inflacionistas.

Para o CFP, este cenário tem ainda um risco associado à execução do PRR, cujo impacto "se encontra refletido na projeção desta instituição para a formação bruta de capital fixo".

Se a execução do PRR for inferior ao esperado, o investimento poderá ser afetado "de forma decisiva" e o crescimento da economia penalizado, acrescentou.

No seu parecer, o CFP adiantou ainda que o cenário subjacente à proposta prevê uma "forte recuperação da economia", ressalvando que os riscos apresentados podem levar a uma recuperação do investimento mais lenta.

Isto poderá acontecer através da "manutenção dos entraves" na oferta ou da "degradação das expectativas da procura por parte da empresas", levando a restrições na evolução do rendimento das famílias e no consumo privado.

O Governo entregou na segunda-feira à noite, na Assembleia da República, a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE22), que prevê que a economia portuguesa cresça 4,8% em 2021 e 5,5% em 2022.

No documento, o executivo estima que o défice das contas públicas nacionais deverá ficar nos 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e descer para os 3,2% em 2022, prevendo também que a taxa de desemprego portuguesa descerá para os 6,5% no próximo ano, "atingindo o valor mais baixo desde 2003".

A dívida pública deverá atingir os 122,8% do PIB em 2022, face à estimativa de 126,9% para este ano.

O primeiro processo de debate parlamentar do OE2022 decorre entre 22 e 27 de outubro, dia em que será feita a votação, na generalidade. A votação final global está agendada para 25 de novembro, na Assembleia da República, em Lisboa.

O ministro das Finanças, João Leão, apresenta a proposta orçamental hoje, às 09:00, em conferência de imprensa, em Lisboa.

[Notícia atualizada às 00h54]

Leia Também: OE2022: Ministro entregou às 23h38 no Parlamento a proposta do Governo

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