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Parlamento aprova iniciativas para minimizar impacto da pesca

O parlamento aprovou hoje um projeto de lei e dois de resolução relacionados com medidas de minimização do impacto da pesca na preservação das espécies, que serão agora discutidos em comissão especializada.

Parlamento aprova iniciativas para minimizar impacto da pesca
Notícias ao Minuto

15:33 - 01/10/21 por Lusa

Economia Pesca

Foram aprovados os projetos de resolução da deputada não inscrita Cristina Rodrigues que recomenda ao Governo a implementação de medidas de minimização dos impactos da pesca e do Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza (PAN) que recomenda o reconhecimento e atribuição de um estatuto profissional ao Observador Marítimo de Pescas.

Foi também aprovado o projeto de lei do PAN de monitorização eletrónica remota (MER) dos barcos de pesca.

Em debate e sujeitos a votação estavam três projetos de lei e três projetos de resolução (sem força de lei).

Foram rejeitados o projeto de lei do PAN relativo à proteção do tubarão Mako/Anequim assim como o projeto de resolução do mesmo partido de interdição do uso de chumbo na pesca e o projeto de lei da deputada não inscrita Cristina Rodrigues que determina o fim da pesca de arrasto de fundo com vista à proteção dos ecossistemas marinhos.

O deputados debateram ainda dois projetos de resolução do PCP, um de estabilização temporal do subsídio à pequena pesca artesanal e costeira e à pequena aquicultura, e outro para um Programa em defesa da Pesca do Cerco e dos seus profissionais.

Durante o debate a deputa do PAN Inês Sousa Real disse, em defesa das suas propostas, algumas rejeitadas, que Portugal é o país da Europa com maior superfície da costa marinha e onde a importância socioeconómica do mar é bastante relevante, tendo por isso uma responsabilidade acrescida.

Considera a deputada que "é preciso fiscalização de uma das atividades que tem impacto direto na biodiversidade marinha ", referindo-se assim à pesca defendendo que "tal como está a ser desenvolvida é insustentável".

"É urgente agir e garantir a adequada conciliação da atividade económica com a preservação do oceano", disse fazendo referência ao perigo de extinção de algumas espécies como é o caso do tubarão maku assim como à questão do uso de chumbeiras e chumbo nas linhas de pesca, que considera ser urgente proibir para impedir que todos os anos contaminem os recursos aquíferos, propostas hoje rejeitadas.

Para o deputado do PCP João Dias, seis dos oito projetos em debate, "são um claro ataque à pequena pesca" e que "parecem ser feitos da sala de estar e da televisão, não contemplando a realidade da pesca nacional"

Já no que respeita à propostas apresentadas pelo Partido Comunista, o deputado considera que defende a pesca e a produção nacional.

Para o deputado do Bloco de Esquerda, Ricardo Vicente, os projetos do PAN demonstram um desconhecimento da realidade sócio ecológica do país no que diz respeito à pesca e aos recursos marinhos.

"Revela mais uma vez desconhecimento da realidade da pesca em Portugal e insensibilidade social. Em Portugal a pequena pesca é maioritária, representando 80 por cento da frota".

Também a deputada do PSD Ilidia Quadrado criticou as oito iniciativas hoje debatidas considerando que carecem de análise e aprofundamento considerando que "em nada contribuem para a preservação dos ecossistemas marinhos".

Já a deputada do CDS Cecília Meireles lançou duras críticas às propostas, considerando que mistura a salvaguarda das espécies com o estatuto profissional do observador marítimos e que têm todas em comum uma visão da pesca e dos pescadores como inimigos do ambiente, excetuando as do PCP que disse compreender as preocupações manifestadas e que por isso o CDS viabilizou-as.

"A visão que demonstram da pesca é diferente da realidade nacional que alguns conhecem. A preocupação do CDS é preservar a pesca nacional, tornar mais competitiva para não estarmos daqui a 10 ou 20 anos a consumir só pescado importado porque levámos à extinção da nossa pesca", disse.

A todas estas críticas a deputada do PAN respondeu que "ficou claro um preconceito" para com as propostas do seu partido considerando inaceitável que Portugal seja responsável pela destruição da biodiversidade e poluição dos oceanos.

"Falamos de sobrepesca, pesca ilegal e captura acidental. Não viemos diabolizar ou inviabilizar a leitura real dos problemas do país. Encontramos uma forte resistência como se os recursos naturais fossem infinitos e inesgotáveis. Quando não houver nenhum peixe para pescar vão ver o problema económico que o país vai ter e que o dinheiro não se come", disse.

Leia Também: GNR apreende mais de meia tonelada de sardinha em Matosinhos

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