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Otimismo das famílias sobre orçamento abaixo da média da zona euro

O otimismo dos portugueses sobre o futuro do orçamento familiar está abaixo da média da zona euro, com 32% dos inquiridos a considerar que a situação económica vai melhorar dentro de um ano, segundo um estudo da Kantar, hoje divulgado.

Otimismo das famílias sobre orçamento abaixo da média da zona euro
Notícias ao Minuto

17:28 - 30/09/21 por Lusa

Economia Estudo

O otimismo dos portugueses em relação ao futuro pós-pandemia está abaixo da média da zona euro, uma vez que apenas 32% considera que a situação económica do seu lar irá melhorar no espaço de um ano", concluiu o estudo "Bipolaridade dos Consumidores. Pandemia e agora?", levado a cabo pela consultora Kantar e analisado em parceria com a Centromarca -- Associação Portuguesa de Empresas de Produto de Marca.

No entanto, 40% dos consumidores admitiu conseguir gerir o seu orçamento familiar, sendo que, quando se junta a variável relacionada com a situação laboral, 70% afirma que a principal fonte de rendimento do lar manteve o emprego, seja no local de trabalho ou em teletrabalho.

O estudo teve como base uma amostra de mais de 2.000 respostas de famílias portuguesas, através de um questionário 'online', que fazem parte do painel de compra da Kantar (de 4.000 lares) e são representativos da totalidade dos lares em Portugal Continental, detalhou a consultora.

No que diz respeito ao mercado de bens de consumo rápido ('Fast Moving Consumer Goods' -- FMCG, em inglês), Portugal teve um desempenho positivo, com um crescimento de 15% em valor, destacando-se na liderança em termos de crescimento quando comparado com Espanha, França e Reino Unido.

O estudo concluiu também que o primeiro trimestre deste ano esteve alinhado com o ano de 2020, altura em que espoletou a pandemia de covid-19, embora no segundo semestre se tenha começado a assistir a um 'revenge spending' (conceito para definir o consumo desenfreado), com um crescimento dos setores com dinâmicas fora do lar, como é o caso do consumo de bebidas e 'snacks' fora de casa.

Adicionalmente, a análise confirmou que o canal de compras 'online' "foi mesmo um dos principais beneficiados pelo confinamento, uma vez que muitas lojas estiveram fechadas ou com restrições, o que levou a um crescimento muito significativo".

"Acreditamos que o teletrabalho será o único fator a sustentar um maior consumo dentro do lar até ao final deste ano [...]. Para 2022, prevemos que a maioria das refeições que passaram a ser feitas em casa durante a pandemia se transfiram para fora do lar, já a partir do primeiro trimestre, significando ainda assim um aumento de 0,5 ocasiões por semana, por pessoa em casa, face ao mesmo período de 2019", explicou, em comunicado, a responsável da Kantar, Marta Santos.

O grupo de consumidores classificados pelo estudo como "realistas" -- 25% dos inquiridos -- representam os mais otimistas em relação ao futuro, uma vez que, apesar de preocupados com a situação pandémica, não tiveram qualquer alteração na sua situação económica durante a pandemia, nem esperam vir a ter no futuro.

Este grupo é o que mais armazena produtos na despensa, com cestas mais valiosas e menos regulares e foi também o grupo que mais reduziu o consumo fora de casa e que mais pediu comida preparada para consumo em casa.

Por sua vez, os receosos e estáveis, que estão preocupados com a situação pandémica, não sofreram alterações na sua situação económica, no entanto, esperam ver a sua situação económica alterada no futuro e são menos otimistas, ao passo que os estáveis ficam a meio da tabela nas alterações futuras do ponto de vista económico, mas são otimistas em relação aos próximos meses, apontou a Kantar.

"De todos os grupos identificados, os confiantes são os menos preocupados com a situação pandémica, uma vez que não sofreram alterações face à sua situação económica, nem esperam vir a sofrer no futuro, e ficam no meio da tabela relativamente ao otimismo. Foi o grupo de consumidores que menos reduziu o consumo fora do lar, que mais foi ao ginásio, que menos viagens cancelou e o que mais utilizou os transportes públicos", acrescentou.

Leia Também: OE2022. Empresários reclamam alterações fiscais para apoiar resiliência

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