Petrobrás com 47,7 milhões para ajudar famílias a pagar gás de cozinha
A brasileira Petrobras anunciou na quarta-feira a criação de um programa social que destinará 300 milhões de reais (47,7 milhões de euros) a famílias carenciadas, para que tenham acesso a consumíveis essenciais, principalmente gás de cozinha.
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Economia Petrobras
"A iniciativa tem como objetivo ampliar a atuação social com maior alinhamento ao praticado por outros 'players' [jogadores, na tradução para português] de mercado e se justifica pelos efeitos da situação excecional e de emergência decorrentes da pandemia da covid-19", explicou a estatal petrolífera em comunicado.
O modelo do programa está ainda em fase final de estudos, incluindo a definição do critério de escolha das famílias em situação de vulnerabilidade e da procura "de parceiros do setor que possam somar esforços e ampliar o valor a ser investido", indicou aquela que é a maior empresa do Brasil.
"Somos uma empresa socialmente responsável e comprometida com a melhoria das condições de vida das famílias, particularmente das mais vulneráveis. A pandemia e todas as suas consequências trouxeram mais dificuldades para as pessoas em situação de pobreza. Tal facto alerta a Petrobras para que reforce seu papel social, contribuindo ainda mais com a sociedade", destacou o presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna.
O anúncio do programa, que durará 15 meses, surge três dias após Silva e Luna ter afirmado que não haveria qualquer mudança na política de preços de combustíveis da estatal e que não caberia à empresa lançar ações para baixar os preços do gás de cozinha, um dos itens que mais pressionam os gastos das famílias carenciadas do Brasil.
Impulsionada pelo aumento do preço dos combustíveis, a inflação no Brasil atingiu 0,87%, em agosto, o maior nível para o mês desde 2000, segundo o Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o jornal O Globo, a ajuda anunciada pela Petrobras conseguiria suprir as necessidades de gás de cozinha de cerca de 845 mil famílias, um baixo valor tendo em conta a precariedade que se sente no país.
Em 2018, o IBGE estimou em 14 milhões o número de famílias brasileiras que usavam lenha ou carvão para cozinhar, sendo que, com a pandemia, a estimativa é que esse número de agregados familiares tenha aumentado.
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