No boletim mensal de setembro, hoje publicado, os economistas do banco central alemão afirmam que "a economia alemã manteve no verão de 2021 a recuperação que começou na primavera, mas a um ritmo mais rápido".
"Globalmente, a economia poderia crescer no terceiro trimestre mais fortemente do que na primavera", quando cresceu 1,6% no primeiro trimestre em termos homólogos, de acordo com o Bundesbank.
Contudo, a economia alemã ainda não conseguiu atingir o nível pré-pandemia do quarto trimestre de 2019, devido a dificuldades na indústria do lado da oferta.
Os estrangulamentos na oferta estão a atrasar a produção industrial, que está atrasada em relação à forte procura, embora esta tenha aumentado em julho pela primeira vez em quatro meses.
As encomendas industriais recebidas aumentaram 5,25% em julho face ao trimestre da primavera, especialmente as de grande dimensão.
A produção industrial alemã está 3,5% abaixo do nível anterior à pandemia.
O Bundesbank destaca igualmente a forte recuperação do mercado de trabalho desde junho, uma vez que os "lay-off" (redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas) estão reduzidos a 5% dos trabalhadores obrigados a pagar contribuições para a segurança social, o que constitui o nível mais baixo desde o início da pandemia.
Os economistas do Bundesbank também esperam que a taxa de desemprego, que era de 5,5% em agosto, caia acentuadamente durante os próximos três meses.
Também esperam que a inflação atinja temporariamente taxas entre 4% e 5% a partir de setembro até ao final do ano, porque o IVA tinha sido reduzido no ano passado para impulsionar o consumo e foi agora novamente aumentado.
A partir do início de 2022, porém, a inflação voltará a cair significativamente, embora se mantenha acima dos 2% até meados do próximo ano.
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