Efacec com restrições no acesso à banca precisa de "novo acionista"
O ministro da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira, admitiu hoje estar preocupado com as restrições de acesso à banca da Efacec e disse que a melhor solução é encontrar "um novo acionista de controlo" para a empresa.

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Economia Siza Vieira
Numa altura em que o processo de reprivatização do grupo entrou na terceira fase, com dois candidatos, as empresas DST SGPS e Sing - Investimentos Globais, o ministro confirmou que estava "a par e preocupado" com as dificuldades de acesso à banca da empresa, de que o presidente do grupo, Ângelo Ramalho, deu conta, numa entrevista ao Jornal de Negócios.
Ainda assim, Siza Vieira, em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação do empreendimento Fuse Valley, da Farfetch e do Castro Group, em Matosinhos, garantiu que estava "confiante", tendo em conta as "excelentes perspetivas de trabalho" da Efacec, que "continua a ter muita clientela e procura".
O ministro disse que a empresa "está neste momento condicionada, porque precisa em trabalhos internacionais de prestar garantias aos clientes" e isso é uma situação que deve ser resolvida.
"A melhor solução é assegurar que o mais depressa possível que a Efacec encontra um novo acionista de controlo, que lhe pode dar capacidade de gestão, capitalização e colocar a empresa no rumo certo para continuar a servir o país e a economia global".
O Conselho de Ministros aprovou no dia 02 de setembro a terceira fase do processo de reprivatização da Efacec, tendo selecionado os dois investidores que apresentaram propostas vinculativas, ou seja, os grupos DST SGPS e Sing - Investimentos Globais, segundo um comunicado.
"Foi aprovada a resolução que, sob proposta da Parpública, estabelece a realização de uma terceira fase de negociações do processo de alienação das ações da Efacec Power Solutions, SGPS, S. A. com vista à apresentação de propostas vinculativas melhoradas e finais", adiantou o Governo, na mesma nota divulgada no final do Conselho de Ministros.
Assim, "foram selecionados a participar nesta terceira fase os dois investidores que apresentaram propostas vinculativas", sendo que "esta terceira e última fase faz parte de um processo de venda transparente, competitivo e concorrencial, que valoriza a mais-valia industrial, o conhecimento técnico e humano e a excelência da Efacec, bem como a sua contribuição para a economia nacional e, em particular, para o setor exportador português, salvaguardando, desta forma, o interesse público", garantiu o executivo.
A aprovação em Conselho de Ministros do decreto de lei para nacionalizar 71,73% do capital social da Efacec decorreu da saída do capital de Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, na sequência do envolvimento no caso 'Luanda Leaks', no qual o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros da empresária.
A Efacec é uma empresa dos setores da energia, engenharia e mobilidade.
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