Na ida às compras, qual o saco de compras mais 'amigo do ambiente'?
Na avaliação dos vários tipos de sacos contam os materiais utilizados na confeção, a utilização ou não de materiais reciclados, uso de tintas e corantes, se foram colados ou cosidos, se são biodegradáveis ou compostáveis e entre outros.
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Economia compras
A DECO Proteste, em conjunto com as suas congéneres na Bélgica, em Itália e em Espanha, testou nove tipos de sacos para perceber o seu ciclo de vida e como se pode reduzir o impacto ambiental em cada ida às compras. O objetivo foi responder à questão: quantas vezes tenho que utilizar cada alternativa para que esta tenha menos impacto ambiental do que comprar sacos de plástico a cada ida às compras?
"Se conseguir garantir que utiliza o seu saco de compras de rodinhas, o trolley, mais do que 742 vezes, então esta é a opção a considerar caso vá às compras a pé e não utilize mais sacos. Este tipo de sacos tem maiores impactos ambientais ao longo de todo o ciclo de vida, desde a produção até ao destino final, nomeadamente ao nível de impactos nas alterações climáticas e toxicidade humana", refere a DECO, em comunicado.
Por outro lado, se "optar por um saco de algodão tem de o utilizar 101 vezes para que seja mais sustentável, mas se o algodão do seu saco for biológico tem de utilizar 149 vezes, uma vez que a completa substituição dos fertilizantes e pesticidas resulta na necessidade de aumento da área de cultivo em cerca de 30%".
"Os sacos de polipropileno (PP) e os de poliéster têm de ser usados até 4 e 3 vezes, respetivamente, para que sejam mais sustentáveis. Surpreendentemente, um saco de plástico tem uma pegada ambiental menor do que um saco de papel com o mesmo número de utilizações. O papel terá que ser usado até nove vezes para igualar a utilização do saco plástico. Este ultimo tem de ser usado apenas 1 ou 2 vezes, dependendo se tem, ou não, material reciclado na sua composição", explica a DECO.
Ainda assim, a DECO não defende a utilização dos sacos de plástico, defende sim que o ciclo de vida de cada alternativa escolhida seja prolongado ao máximo:
"Não defendemos a utilização do plástico, nem tudo é assim tão simples, defendemos sim, a máxima reutilização do tipo de saco que se escolhe. Cada consumidor, de acordo com o seu perfil, deverá fazer a sua escolha, o nosso estudo ajuda exatamente nesse ponto, a fazer uma escolha consciente", afirma Elsa Agante, Team Leader de Energia e Sustentabilidade, da DECO Proteste, citada num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Na avaliação dos vários tipos de sacos contam os materiais utilizados na confeção, a utilização ou não de materiais reciclados, uso de tintas e corantes, se foram colados ou cosidos, se são biodegradáveis ou compostáveis e entre outros.
"A regra deve sempre ser, a máxima utilização e o bom senso de cada um, para que se consiga um equilíbrio entre as nossas necessidades e as do planeta", acrescenta Elsa Agante.
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