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Associação MUBI reivindica verba para a mobilidade em bicicleta

A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi) quer que 10% da verba destinada aos transportes no Orçamento do Estado (OE) para 2022 seja dedicada à mobilidade em bicicleta e já entregou a proposta ao Governo.

Associação MUBI reivindica verba para a mobilidade em bicicleta
Notícias ao Minuto

12:53 - 29/08/21 por Lusa

Economia OE2022

Em comunicado enviado à agência Lusa, a MUBI defende que este investimento é fundamental para alcançar os "valores de utilização da bicicleta como modo de transporte e convergir com o resto da Europa".

Sublinhando que a Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável (ENMAC) 2020-2030, publicada há dois anos, estabelece como meta que, até 2030, pelo menos uma em cada dez viagens nas cidades portuguesas deverá ser feita em bicicleta, a MUBI salienta que será necessário haver mais de meio milhão de ciclistas quotidianos até ao final da década, sendo que para isso é preciso um "grande investimento e esforço coletivo do Estado".

Depois de destacar os "benefícios ambientais e sociais inequívocos", que a aposta na mobilidade ciclável representa, a MUBI reitera que o investimento português tem de estar "pelo menos ao mesmo nível dos outros países europeus" e alerta para o facto de tal não estar a acontecer e para os riscos de se falharem os objetivos delineados.

"Dois anos após as metas estabelecidas, e ainda sem um orçamento alocado, a ENMAC 2020-2030 continua muito atrasada e a progredir a um ritmo extremamente lento. Estamos em risco iminente de falhar os objetivos intercalares para 2025", frisa, dando exemplos dos valores que outros países estão a investir.

Deste modo, a MUBi defende que pelo menos 10% do orçamento total do setor dos transportes seja destinado à mobilidade em bicicleta.

"Este investimento deverá permitir a aceleração da implementação da ENMAC 2020-2030 e da prossecução dos seus objetivos", defende.

Na proposta enviada ao Governo, apresenta ainda as principais medidas que considera que devem ser levadas a cabo, tais como criar as estruturas e dotar as equipas e entidades com os recursos humanos, técnicos e financeiros necessários para a gestão, organização e desenvolvimento da Estratégia.

A contratação e formação de técnicos na área da mobilidade ativa, o apoio ao desenvolvimento e implementação de planos de mobilidade urbana sustentável por parte dos municípios portugueses, a realização de campanhas para alteração da cultura de mobilidade são algumas das ações defendidas.

A MUBI defende igualmente o apoio para os municípios implementarem alterações do espaço público no sentido de aumentar a segurança dos modos ativos, o apoio à criação de redes de percursos seguros para a utilização da bicicleta e a aposta em soluções que promovam a complementaridade da bicicleta com os transportes públicos.

O lançamento de programa nacional de incentivo às deslocações pendulares em bicicleta e reforço dos incentivos à aquisição de bicicletas também surgem na lista.

Rui Igreja, membro da MUBi, que é citado na nota de imprensa, salienta que "o Governo e os partidos e deputados na Assembleia da República têm na mão a possibilidade de desencadear a mudança necessária".

"Se efetivamente queremos que os portugueses possam optar pelo uso da bicicleta, como já o fazem os cidadãos do resto da Europa, a bicicleta não pode continuar a ser tratada nos Orçamentos do Estado como um 'filho de um Deus menor' dos sistemas de transportes", acrescenta.

Leia Também: Se vai comprar uma bicicleta elétrica, saiba como pedir apoio ao Estado

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