Evergrande instado a resolver elevado endividamento para evitar falência
As autoridades chinesas convocaram hoje os responsáveis do grupo Evergrande, para exigir que resolvam "ativamente" os problemas de fluxo de caixa da empresa, cuja falência teria grandes repercussões na economia do país asiático.
© Bobby Yip/Reuters
Economia Evergrande
O Evergrande, um dos maiores grupos privados da China, emprega 200.000 pessoas e gera 3,8 milhões de empregos na China.
O imobiliário é a sua principal atividade e o fundador, Xu Jiayin, é o quinto homem mais rico do país, segundo a unidade de investigação Hurun.
O grupo está, no entanto, fortemente endividado, depois de ter aumentado as aquisições: 5,655 mil milhões de yuans (cerca de 743 mil milhões de euros), em janeiro de 2021, data de publicação do relatório de contas.
Preocupada com a capacidade de reembolso no médio prazo, a agência de notação financeira Moody's baixou o 'rating', no início de agosto, de "B2" para "Caa1", um dos mais baixos. A Fitch e a Standard and Poor's (S&P) fizeram o mesmo.
O Banco Central e o regulador de bancos e seguros da China (CBIRC) apelaram ao grupo para que "resolva ativamente" a questão do endividamento e "mantenha a estabilidade financeira e do mercado imobiliário", segundo nota do Banco Central.
A saúde financeira do grupo suscita preocupações nos mercados e os empreiteiros e fornecedores reclamam pagamentos em atraso.
Além do setor imobiliário, o grupo Evergrande também é dono de um clube de futebol: o Guangzhou FC (ex-Guangzhou Evergrande), com sede em Cantão.
O grupo também está presente no mercado de água mineral e alimentos, com a marca Evergrande Spring, e investiu no turismo, seguros, saúde e veículos elétricos.
A empresa anunciou, na semana passada, que está a "discutir" com os investidores a venda de alguns dos seus ativos.
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