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Centena e meia de trabalhadores da CGD exige valorização salarial

Cerca de 150 trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) manifestaram-se hoje, em Lisboa, reivindicando a negociação da tabela salarial e a atualização das cláusulas pecuniárias.

Centena e meia de trabalhadores da CGD exige valorização salarial
Notícias ao Minuto

14:56 - 09/08/21 por Lusa

Economia CGD

Pelas 12h00, os trabalhadores concentraram-se em frente à sede da instituição financeira, num dia em que estão também em greve, munidos com bandeiras dos sindicatos e cartazes, onde se liam reivindicações como: "Contra a violação do acordo da empresa", "Contra o assédio" ou "Por um diálogo efetivo, não de surdos".

Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos Bancários (SNQTB), Paulo Gonçalves Marcos, defendeu que "a empresa não pode ter uma equipa de gestão que diz ser de mera continuidade de funções, servindo isso para não negociar com os sindicatos as tabelas pecuniárias, ao mesmo tempo que anuncia planos estratégicos para 2021-2024".

O sindicalista contestou também a intenção da CGD de distribuir, em dividendos, até 2023, 2.000 milhões de euros, sem valorizar os profissionais do banco.

"Estamos fartos disto. Estamos contra processos musculados, onde se diz que não há alternativa", vincou.

Por sua vez, o Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Financeira (SINTAF), que também se juntou ao protesto, exigiu a aplicação do acordo da empresa associado a esta estrutura e superior ao assinado pelos restantes sindicatos.

"Já recorremos à DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho] que, em conciliação, deu-nos razão. A CGD de forma autista e prepotente continua a não cumprir o acordo de empresa em vigor", explicou a coordenadora do SINTAF, Rute Santos.

A sindicalista disse à Lusa que o banco defende uma contratação igual, tendo em conta que a do SINTAF "acarreta mais custos", e pediu que "não se olhe apenas ao lucro, fechando agências por todo o país".

A CGD anunciou hoje que a adesão à greve dos trabalhadores rondou os 20%, notando que o impacto se verificou no levantamento de pensões, mas o sindicato contesta, afirmando que é, praticamente, total.

"Temos 20% das agências encerradas. Naturalmente, que em algumas há transtornos que decorrem, sobretudo, desta greve atingir os mais vulneráveis, que são os reformados", afirmou o administrador da CGD José João Guilherme, que falava aos jornalista à margem da manifestação.

José João Guilherme notou ainda que, apesar de o banco "ter vindo a fazer um esforço muito grande" para que os clientes utilizem os cartões de multibanco, verifica-se ainda uma "recorrência muito forte" aos balcões.

Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC), Pedro Messias, disse não estar surpreendido com os números anunciados pela instituição bancária, mas contestou-os.

"Já se sabia que a Caixa ia dizer isso. A Caixa considera uma agência não fechada estando nela um trabalhador. Não se pode dizer que esteja a funcionar. Não surpreende o que a Caixa diz. Já o disse em 2018, mas não é verdade. A rede comercial está fechada ou inoperacional", garantiu o líder da estrutura que convocou a greve.

Em resposta às reivindicações apresentadas pelos sindicatos representativos dos trabalhadores da Caixa, que disse merecerem "o melhor respeito", o administrador da instituição indicou que, em média, a tabela salarial da CGD é, no mínimo, 10% mais alta "do que a dos bancos com quem a Caixa concorre".

Referindo que as negociações sobre a tabela salarial estão previstas para setembro, este responsável sublinhou que a transformação operacionalizada na CGD "tem em vista a sua sustentabilidade" e foi feita "com os trabalhadores da Caixa, não contra ou com outros".

Do lado das estruturas sindicais, ficou ainda a promessa de avançar com novas formas de luta, caso os trabalhadores não vejam as suas exigências acolhidas.

No primeiro semestre, a CGD totalizou 294 milhões de euros de lucro, mais 18% do que no mesmo período do ano anterior.

[Notícia atualizada às 15h40]

Leia Também: CGD diz que adesão à greve foi de 20% mas sindicato contesta

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