Em carta dirigida ao presidente da Fed, Jerome Powell, o senador Joe Manchin, eleito pela Virgínia Ocidental, declarou-se "crescentemente alarmado" com o facto de a Fed continuar a comprar 120 mil milhões de dólares por mês (102 mil milhões de euros) em obrigações do Tesouro e obrigações empresariais com garantias, apesar de a recessão provocada pela pandemia do novo coronavírus ter sido ultrapassada e de "a recuperação estar em curso".
Manchin é o primeiro democrata a tomar esta posição, que tem sido expressa inúmeras vezes pelos republicanos.
Na mais recente reunião de política monetária da Fed, em 27 e 28 de julho, os dirigentes do banco central dos EUA assinalaram pela primeira vez que a economia se estava a aproximar dos "progressos substanciais" que queriam ver antes de começarem a reduzir o seu programa de compra de títulos de dívida.
Esta redução pode sinalizar o início da retirada dos apoios da Fed à economia. A Fed tem dito que esta redução seria seguida pelo início da subida da taxa de juro de referência, que tem estado em mínimos históricos próximos de zero desde o início da pandemia em março de 2020.
Muitos economistas acreditam que a redução na compra das obrigações só deve começa no final deste ano ou início do próximo.
Na quarta-feira, o vice-presidente da Fed, Richard Clarida, afirmou que a aceleração da economia pode autorizar o banco central a começar a pensar subir as taxas de juro no início de 2023.
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