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Propostas do Governo para valorizar jovens no trabalho são "paliativos"

A CGTP considera que as propostas do Governo para a valorização dos jovens no trabalho são "paliativos", afirmando que não garantem mais estabilidade nem valorização dos salários, de acordo com um comunicado.

Propostas do Governo para valorizar jovens no trabalho são "paliativos"
Notícias ao Minuto

17:00 - 06/08/21 por Lusa

Economia CGTP

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) recordou que, "na sequência do Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho, o Governo apresentou um documento sob o lema do trabalho digno e da valorização dos jovens no mercado de trabalho".

"Para a CGTP-IN a promoção do trabalho digno exige a revogação de normas da legislação laboral que fragilizam os direitos dos trabalhadores e a efetivação daquelas que, estando plasmadas na lei, são constante e impunemente violadas", referiu a estrutura, na mesma nota.

A CGTP defende que para se atingir a valorização dos jovens trabalhadores "é fundamental uma verdadeira resposta aos problemas da instabilidade laboral, dos salários, dos horários e da contratação coletiva, bem como a eliminação das medidas que, com a justificação de promover o emprego dos jovens, conduzem a uma maior precariedade desta camada".

De acordo com a estrutura, ao documento apresentado pelo Governo "falta esta abordagem, apresentando medidas que, na melhor das hipóteses, são meros paliativos quando é necessária uma resposta aos problemas dos trabalhadores que garanta a estabilidade no emprego, a valorização dos salários, carreiras e profissões, que reduza ritmos e horários de trabalho que permita aos jovens construir um futuro de progresso e de estabilidade e aos mais velhos o reconhecimento da experiência e do seu trabalho, matriz essencial para um país desenvolvido que dignifica quem trabalha e produz a riqueza".

Para a CGTP, "sem uma política assente num aumento real dos salários continuaremos a ter uma situação em que muitos milhares de trabalhadores, a sua grande maioria jovens com menos de 30 anos, continuam a empobrecer enquanto trabalham". 

A Intersindical recorda ainda que "os trabalhadores com vínculos precários auferem salários 30% a 40% mais baixos do que os trabalhadores com vínculo efetivo, além de que a precariedade é um instrumento de chantagem sobre os trabalhadores com o objetivo de lhes limitar o exercício dos direitos laborais", apelando para o "reforço de uma efetiva ação inspetiva".

A CGTP defende que "a valorização do trabalho e dos trabalhadores, nomeadamente dos jovens, não se faz sem que se ataque aquela que é a raiz do problema, a de sucessivas alterações ao código do trabalho, ora pela mão do PS ora do PSD e do CDS-PP, que promovem o desemprego, os baixos salários, o trabalho precário, a desregulação dos horários e o ataque à contratação coletiva".

A ministra do Trabalho propôs, no dia 21 de julho, aos parceiros sociais um conjunto de medidas para evitar abusos no trabalho temporário e para valorizar o trabalho dos jovens, mas as confederações empresariais consideraram que atualmente a prioridade é a sobrevivência.

O Governo pediu aos parceiros sociais que dessem os seus contributos sobre estas matérias até hoje, voltando à discussão em 03 de setembro.

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