Vila Franca pede ao Governo que impeça o fecho de três balcões bancários

O possível encerramento de três balcões bancários numa freguesia de Vila Franca de Xira está a motivar o descontentamento da Câmara Municipal, que vai pedir ao Governo e ao parlamento para que intervenha, anunciou hoje a autarquia.

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Lusa
03/08/2021 18:10 ‧ 03/08/2021 por Lusa

Economia

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Em causa está o possível encerramento de balcões do Montepio, Santander e Novo Banco na União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa (distrito de Lisboa), onde vivem mais de 40 mil pessoas, segundo disse à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS).

"A nossa manifestação é de insatisfação e repúdio. São encerramentos inaceitáveis e que prejudicam diretamente milhares de clientes. É uma falta de respeito pelas populações da Póvoa de Santa Iria e do Forte Casa", apontou.

Segundo alertou o autarca, a localidade de Forte da Casa pode ficar sem qualquer dependência bancária, caso se concretize o encerramento do balcão do Montepio.

"Nós estamos a falar de uma União de Freguesias que, segundo os dados preliminares dos Censos 2021, a população é de 40.905 pessoas, o que representa um aumento de 1,2% face aos Censos de 2011. Ora bem, a população aumenta e os serviços diminuem. É uma coisa absolutamente inacreditável", argumentou.

Numa tentativa de evitar que o encerramento destes balcões se concretize, Alberto Mesquita referiu que já contactou as três entidades bancárias e que irá pedir a intervenção do Governo e dos grupos parlamentares da Assembleia da República.

"Espero que haja uma reversão. Estamos a falar de uma União de Freguesia muito dinâmica em termos empresariais e que, de facto, as pequenas e médias empresas, sobretudo, precisam destes balcões e não podem ir para outros territórios do concelho ou para fora do concelho", acrescentou.

Contactada pela Lusa, fonte do banco Montepio confirmou o encerramento do balcão no Forte da Casa, explicando que se insere num "processo de ajustamento a nível nacional, crucial para a sustentabilidade da instituição", e ressalvou que a população daquela freguesia não fica sem alternativas.

"[...] Esclarecemos que temos quatro balcões, num raio de 17 quilómetros, no concelho de Vila Franca de Xira, e que o encerramento do balcão em questão teve em conta os dias e horas com menor [ou inexistente] fluxo de clientes, a rendibilidade da operação e a permanência de pelo menos dois balcões de proximidade [Alverca do Ribatejo e Casal da Serra na Póvoa de Santa Iria], a menos de quatro quilómetros, que garantem, com o mesmo nível de serviço de sempre, acesso a todos os cidadãos a serviços bancários", apontou.

Por seu turno, fonte do Santander explicou que o banco está a "ajustar a sua rede de balcões à menor procura pelos clientes", sublinhando que essa situação foi "acentuada pela pandemia" de covid-19.

No entanto, a mesma fonte ressalvou que a menor procura de clientes tem sido "compensado pelo crescente número de serviços digitais e de um contacto permanente com os clientes, através dos múltiplos canais disponíveis".

A Lusa contactou também o Novo Banco, mas, até ao momento, não obteve resposta.

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