Brasil registou 14,8 milhões de desempregados em maio
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,6% no trimestre encerrado em maio de 2021, dado que corresponde a 14,8 milhões de pessoas à procura de trabalho no país, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
© Anadolu Agency via Getty Images
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O dado é apenas um décimo menor do que o recorde de 14,7% registado nos dois trimestres imediatamente anteriores, encerrados em março e abril, segundo o órgão responsável pias estatísticas do Governo brasileiro.
Da mesma forma, a taxa de desemprego cresceu 1,7 pontos face ao mesmo período de 2020 (12,9%), quando o Brasil começou a sentir os efeitos devastadores da pandemia de covid-19, que já provocou quase 555 mil mortes e quase 20 milhões de caso no país.
O nível de ocupação continua abaixo dos 50%, situando-se nos 48,9%, o que equivale a uma queda de 0,6 pontos face ao mesmo trimestre móvel de 2020 (49,5%).
Por outro lado, a taxa de informalidade, ou seja, de pessoas que trabalham por conta própria ou sem contrato de trabalho, aumentou 2,4 pontos na comparação anual, para 40%, o que equivale a 34,7 milhões de pessoas trabalhando na economia informal.
"Hoje temos 2,4 milhões de trabalhadores informais a mais do que há um ano, embora o índice permaneça abaixo do registado imediatamente antes da pandemia, quando era de 40,6%", disse em nota Adriana Beringuy, analista do IBGE.
Da mesma forma, os chamados "desalentados", que deixaram de buscar emprego devido às condições estruturais do mercado laboral, cresceram 5,5% face ao mesmo período de 2020 e já somam 5,7 milhões de pessoas.
A economia brasileira caiu 4,1% no ano passado, o pior resultado anual desde 1996.
Embora no primeiro semestre de 2021 os principais setores produtivos tenham se recuperado parcialmente, a geração de empregos segue estagnada.
Segundo economistas consultados pelo Banco Central brasileiro, o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 5,3%, este ano, no entanto, o resultado pode não vai pesar muito no bolso dos brasileiros já que a inflação deve fechar o ano acima de 6,5%.
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