Sindicato recusa "negociações estéreis" com operadora do metro do Porto
O Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) declarou-se indisponível para "negociações estéreis" com a ViaPorto, operadora do metro do Porto, num comunicado-resposta à empresa, que enfrenta hoje um segundo dia de greve, mesmo após prometer que "tudo" faria para a evitar.
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Economia Sindicato dos Maquinistas
"O Sindicato dos Maquinistas não está disponível para negociações estéreis. Espera da Viaporto propostas objetivas, com ganhos justos para os trabalhadores, condizentes com o modelo de negócio, isento de riscos, que a subconcessionária responsável pela operação do metro do Porto obteve do Estado", afirma o SMAQ em comunicado remetido à agência Lusa.
Assegurando que "manteve sempre uma postura séria, responsável e consequente durante os últimos oito meses de negociação", o sindicato adianta que manterá essa mesma "postura dialogante" desde que o processo negocial "não sirva apenas para a empresa ir dilatando no tempo as decisões que deve tomar ao encontro das justas aspirações" dos maquinistas do metro.
"Se a administração da Viaporto quer voltar à mesa das negociações, como faz anunciar na comunicação social, para obter um acordo célere com o SMAQ, deve fazer propostas concretas e não meras declarações de intenção. A administração da Metro do Porto, a detentora da concessão, não pode eximir-se das suas responsabilidades e deve também fazer parte do processo negocial", afirma ainda.
Em comunicado emitido na quarta-feira, o primeiro de dois dias de greve, a ViaPorto, empresa do grupo Barraqueiro subconcessionária da operação na rede de metro, disse estar disponível para um rápido acordo com SMAQ.
"A gestão da ViaPorto tudo continuará a fazer no sentido de ser alcançado, o mais rapidamente possível, um acordo com o SMAQ, tendo em vista a salvaguarda do serviço público e o interesse dos utilizadores do sistema de metro ligeiro da Área Metropolitana do Porto e, bem assim, a estabilidade das relações laborais", afirmou a empresa em comunicado enviado à agência Lusa.
Uma greve no metro do Porto afeta hoje a operação na generalidade da rede, depois de idêntica paralisação na quarta-feira.
No pré-aviso de greve, o SMAQ comunicou que a greve visa o "desbloqueio da negociação de um acordo de empresa (...), para além das cláusulas já acordadas".
O sindicato indicou ainda não ter proposto serviços mínimos por "entender haver alternativas suficientes nos transportes coletivos na área geográfica abrangida pelo serviço da Metro do Porto", lê-se ainda.
A empresa Metro do Porto, SA, lamentou, em comunicado, que o SMAQ e a ViaPorto "não tenham conseguido alcançar um acordo que permitisse evitar a greve o consequente incómodo para os milhares de clientes do metro".
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