O lucro (equivalente a 497,5 milhões de euros) foi alcançado após seis trimestres de perdas, levando a Boeing a decidir permanecer com os níveis de emprego atuais e recuperar das dificuldades causadas pela pandemia de covid-19 e dos problemas com o modelo de avião 737 MAX.
O grupo, que devido à pandemia tencionava reduzir os funcionários para 130.000 até ao fim de 2021, contra 160.000 no início de 2020, decidiu não eliminar tantos postos de trabalho.
Os níveis de emprego atuais, com cerca de 140.000 trabalhadores, vão manter-se, indicou o diretor-geral, Dave Calhoun, numa mensagem aos funcionários.
O volume de negócios entre abril e junho melhorou 44% e atingiu 17 mil milhões de dólares.
A receita foi impulsionada pelo recomeço das entregas de aviões 737 MAX, que estiveram proibidos de voar durante 20 meses, após dois acidentes mortais e que foram autorizados a retomar os voos no final de 2020. Desde então a Boeing fez a entrega de 130 aviões.
No entanto, a divisão de aviação comercial continua deficitária. O construtor aeronáutico enfrenta agora problemas no fabrico do modelo 787, o que deve levar a uma suspensão das entregas destes aparelhos.
Para conseguir mais dinheiro, a Boeing conta com a divisão de defesa, espaço e segurança, cuja faturação cresceu 4% no trimestre, e com a divisão de serviços aos clientes, cuja receita aumentou 17%.
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