O Banco de Moçambique avançou, em comunicado, que a medida é tomada num contexto de "crescente agravamento dos riscos e incertezas, com destaque para as implicações da terceira vaga de covid-19 na economia".
A nota refere ainda que o CPMO decidiu, igualmente, manter as taxas de juro da Facilidade Permanente de Depósito (FPD) em 10,25% e da Facilidade Permanente de Cedência (FPC) em 16,25%.
Foram igualmente mantidos os coeficientes de Reservas Obrigatórias (RO) para os passivos em moeda nacional e em moeda estrangeira em 11,50% e 34,50%, respetivamente.
"Os riscos e incertezas associados às projeções de inflação continuam a agravar-se. A nível interno, destaca-se a crescente incerteza quanto ao impacto da terceira vaga de covid-19 na economia, com o surgimento de estirpes mais infecciosas, e a manutenção da instabilidade militar na zona norte", lê-se no texto.
Na conjuntura externa, prossegue o documento, também persistem os riscos e incertezas associados à evolução da pandemia, a que se acrescem os efeitos das recentes manifestações na vizinha África do Sul, o fortalecimento do dólar norte-americano e o aumento do preço do petróleo e dos bens alimentares.
As projeções de inflação foram revistas em alta, mantendo-se em um dígito.
A inflação anual situou-se em 5,52% em junho, após 5,49% em maio, a refletir, essencialmente, a depreciação do metical, assinala o Banco de Moçambique.
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