Assim, o sindicato convocou os trabalhadores da António de Almeida & Filhos -- Têxteis, S.A., Moretextile S P A.C.E, Morecoger -- Energia S.A. e Moretextile Imobiliária, S.A. a estarem presentes nos plenários previstos para esta terça-feira, 20 de julho, em vários horários, de acordo com os turnos.
"A realização destes plenários tem como motivo a apresentação à insolvência, das empresas acima referidas", segundo foi comunicado pelo administrador Sérgio Maia "ao delegado sindical e ao sindicato no passado dia 09 de julho de 2021".
Os plenários têm como objetivo "discutir e analisar com os trabalhadores a situação em que as empresas se encontram neste preciso momento e medidas a tomar para a defesa da continuidade das empresas e de todos os postos de trabalho e respeito pelos direitos".
O Juízo de Comércio de Guimarães, do Tribunal de Braga, declarou a insolvência da António Almeida & Filhos - Têxteis SA, requerida pela empresa, com 185 trabalhadores, que assumiu ter um passivo superior a 23 milhões de euros e 414 credores.
A declaração de insolvência foi assinada pelo juiz de círculo Eduardo Neves, que aceitou o nome proposto pela empresa, localizada em Moreira de Cónegos, e nomeou Bruno da Costa Pereira como administrador da insolvência.
O juiz determinou que a empresa entregue imediatamente ao administrador de insolvência os documentos que ainda não estão juntos aos autos, e decretou a apreensão, para entrega ao mesmo administrador, dos elementos de contabilidade e todos os bens da devedora, mesmo os arrestados.
Decretou ainda a suspensão de todas as ações instauradas contra a insolvente e fixou em 30 dias o prazo para "reclamação de créditos", que deve ser feita através de requerimento endereçado ao administrador de insolvência nomeado.
Esta fábrica de tecelagem, tinturaria e confeção foi fundada em 1956, tornando-se numa das maiores do segmento de roupa de cama.
Em 2011, através da fusão com a JMA, criou o grupo MoreTextile, a que pertencia também a Coelima, cuja venda foi aprovada em 25 de junho, após um processo de insolvência.
Segundo requerimento de insolvência, a maioria dos credores são fornecedores da empresa e o Novo Banco é o maior credor, com 39% da dívida.
À data dos dados apresentados pela empresa, 30 de abril, não existiam salários em atraso.
A quebra de vendas na sequência da pandemia da covid-19 foi o principal argumento apresentado para o pedido de insolvência.
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