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Analistas saúdam efeito da entrada da Greenvolt na bolsa portuguesa

Três analistas de mercado ouvidos pela Lusa salientaram o efeito positivo para a bolsa portuguesa da entrada da Greenvolt, subsidiária da Altri para as energias renováveis.

Analistas saúdam efeito da entrada da Greenvolt na bolsa portuguesa
Notícias ao Minuto

09:05 - 12/07/21 por Lusa

Economia Energia

"É o momento certo, com as pessoas certas, no país certo", disse à Lusa Eduardo Silva, da corretora XTB, salientando que em Portugal há "o 'know how' [as competências], os profissionais, e histórico de sucesso nesta indústria".

Na sexta-feira, a Greenvolt anunciou ao mercado que as ordens de subscrição das suas ações ultrapassaram os cerca de 150 milhões de euros da Oferta Pública Inicial (IPO), a decorrer até segunda-feira.

A Greenvolt tem a sua entrada na bolsa prevista para dia 15 de julho, quinta-feira.

Para o analista da XTB, "se vão existir fundos e crédito barato para desenvolver um gigante a nível mundial nesta área, este projeto num setor em franco desenvolvimento parece absolutamente lógico".

Também Pedro Amorim, da corretora Infinox, alinha com ideia semelhante, salientando que "é bastante positivo ver empresas portuguesas com este tipo de iniciativas, com capitalizações financeiras em formato bolsista, aumentando a diversidade e o tamanho do nosso mercado de capitais".

"O nosso índice bolsista tem sofrido bastante após a última crise, com saídas de várias empresas que permitiam a diversificação da economia portuguesa nos mercados de capitais", lembra o analista.

Também Filipe Garcia, da IMF - Informação de Mercados Financeiros, releva a IPO da Greenvolt, afirmando que "não tem havido muitas empresas a entrar em bolsa, e nesse sentido é um elemento positivo para o mercado".

Numa bolsa "a quem faltam membros, e com uma tendência generalizada dos fundos de investimento, em geral, e de alguns investidores em particular, de procurarem empresas que trabalhem temas ligados à sustentabilidade, é evidente que este é um produto que cai bem nas necessidades do mercado nesta altura".

Quanto às perspetivas futuras acerca da empresa, Filipe Garcia considera que pode mudar uma linha de comportamento já visto noutras empresas aquando da sua entrada em bolsa.

"Muitas vezes temos uma empresa que vai para a bolsa e depois faz um bocado mais do mesmo. Aqui temos uma empresa que vai para a bolsa, e que provavelmente, no mesmo setor, vai expandir a sua atividade para subsetores onde não está presente", relevou.

Pedro Amorim considera que a Greenvolt, liderada por João Manso Neto (ex-presidente da EDP Renováveis), terá uma estratégia "bastante semelhante" à adotada na anterior empresa.

"Com Manso Neto no comando da empresa, a previsão das ações da Greenvolt é semelhante à variação que foi registada na EDP Renováveis, uma vez que a sua equipa está altamente preparada para investir e trabalhar num mercado com elevado potencial de crescimento a médio/longo prazo", considera o analista da Infinox.

Já Filipe Garcia refria um pouco os ânimos ao redor de Manso Neto, dizendo que "os institucionais estão mais preocupados com o negócio", apesar de reconhecer que "naturalmente que não é inocente, no bom sentido", a escolha do ex-presidente da EDP Renováveis para liderar a Greenvolt.

Eduardo Silva, da XTB, considera que "a Greenvolt não vai entrar no mercado para crescer lentamente ao longo das próximas décadas", pelo que "a ambição é óbvia" para a subsidiária da Altri.

No dia 24 de julho, a GreenVolt anunciou uma Oferta Pública Inicial de cerca de 150 milhões de euros dirigida a investidores qualificados, com aumento de capital reservado adicional e simultâneo de 56 milhões de euros como contrapartida da aquisição da polaca V-Ridium.

O prospeto do IPO da subsidiária da Altri para as energias renováveis prevê ainda uma 'over-allotment option', também designada como 'greenshoe option', que dá aos investidores a possibilidade de compra de mais 15% das ações do que o previsto (cerca de 4,588,235 ações), no período de 30 dias após o início da oferta.

Leia Também: Greenvolt preparou entrada em bolsa com três investimentos desde março

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