Ressurgência do novo coronavirus leva Wall Street a fechar em baixa
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com os investidores a manifestarem preocupação com a ressurgência do novo coronavirus e a propagação da variante delta, perante a ausência de indicadores macroeconómicos e novidades empresariais.
© Lusa
Economia Mercado
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,75%, para 34.421,93 pontos, o tecnológico Nasdaq recuou 0,72%, para 14.559,78 unidades, e o alargado S&P500 baixou 0,86%, para 4.320,82.
Depois de ter concluído em alta a semana passada, graças a bons indicadores macroeconómicos, Wall Street procura uma direção desde então, considerando a ausência de novidades relevantes sobre a trajetória da economia norte-americana.
"Há uma falta de notícias" económicas suscetíveis de fazer reagir os operadores, explicou Chris Low, economista-chefe da sociedade de investimento FHN Financial.
A praça nova-iorquina tem os olhos focados nos números da contaminação do novo coronavirus, que estão a subir um pouco por todo o mundo, sob o efeito da propagação da variante delta, mais contagiosa e mais perigosa que a variante original do vírus.
"Há uma inquietação, que está a aumentar, com o crescimento mundial", realçou Chris Low. Com o estado de emergência no Japão, o confinamento na Austrália, a degradação na Federação Russa, a saída da pandemia parece comprometida no curto prazo.
A crispação afeta sobretudo outros países, que não os EUA, mesmo que aí as contaminações tenham voltado a subir, disse o economista.
Apoiado pela aceleração da variante delta, o título da sociedade norte-americana de biotecnologia Moderna ganhou hoje 4,91%.
Com a hipótese de uma subida das taxas de juro pelo banco central a afastar-se, devido às dúvidas sobre o crescimento da economia dos EUA, as ações dos bancos desvalorizaram.
O Bank of America baixou 2,44%, o JPMorgan Chase 1,73% e o Wells Fargo 2,49%.
No mercado obrigacionista, o rendimento da obrigação de dívida pública dos EUA a 10 anos voltou a descer, para 1,29%.
Quanto às empresas chinesas cotadas em Wall Street, continuaram em plena espiral descendente provocada pela afirmação do seu controlo por Pequim.
O principal alvo neste momento está a ser a Didi, a designada "Uber chinesa", que perdeu 5,88%. Segundo o Wall Street Journal, a Autoridade Chinesa de Vigilância da Cibersegurança, que tinha lançado uma investigação a esta empresa, foi mandatada pelo governo chinês para ser, de facto, o 'polícia' das empresas chinesas cotadas nos EUA.
Também investigada por esta mesma agência, a plataforma de aluguer de camiões Full Truck Alliance cedeu 11%. O conglomerado do comércio em linha Alibaba recuou 3,92%.
O cenário fica ainda pior no que respeita aos EUA, onde vários congressistas, como o senador republicano Bill Hargerty, eleito pelo Estado do Tennessee e membro da comissão da Banca, exigem medidas ao regulador dos mercado de capitais (SEC, na sigla em Inglês) respeitantes aos títulos chineses.
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