Bolsas europeias em baixa à espera de indicadores, após fracasso da OPEP+
As principais bolsas europeias abriram hoje em baixa, pendentes de uma bateria de indicadores macroeconómicos e com o petróleo em novos máximos, depois da OPEP+ ter fracassado de novo as negociações para aumentar a produção a partir de agosto.
© iStock
Economia Bolsas europeias
Cerca das 09:00 em Lisboa, o EuroStoxx 600 recuava 0,25% para 457,23 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt recuavam 0,15%, 0,39% e 0,69%, bem como as de Madrid e Milão, que se desvalorizavam 0,36% e 0,50%.
Depois de abrir em alta, a bolsa de Lisboa invertia a tendência e, cerca das 09:00, o principal índice, o PSI20, recuava 0,07% para 5.159,57 pontos.
Hoje será divulgada uma bateria de indicadores, que incluem o índice de confiança do investimento na Alemanha e as vendas a retalho na zona euro e os índices PMI finais de junho nos EUA.
Os mercados também vão estar pendentes hoje do preço do petróleo, depois de a OPEP+ (Organização de Países Exportadores de Petróleo e 10 aliados liderados pela Rússia) ter adiado indefinidamente um acordo sobre um aumento gradual da produção de petróleo a partir de agosto, depois de três tentativas falhadas por falta de consenso, na segunda-feira, na sexta-feira e na quinta-feira.
A decisão dos 23 países da OPEP+ tem como pano de fundo a recuperação económica e o 'sobreaquecimento' dos preços do 'ouro negro'.
Se o crescimento da procura tinha motivado os últimos aumentos da produção, agora é também o nível de preços que deve orientar a decisão do clube de produtores, cuja estratégia iniciada em abril de 2020 em resposta à pandemia de covid-19 permitiu travar a queda dos preços, com milhões de barris retirados do mercado.
Os 13 membros da OPEP e os seus dez aliados, através do acordo OPEP+, decidiram na altura cortar a produção de petróleo para corrigir os preços que tinham mergulhado no abismo devido à quebra na procura.
Os investidores também continuam cautelosos com o aumento da variante Delta do novo coronavírus, que para a travar já provocou a imposição de novos confinamentos em alguns países.
Analistas citados pela Efe referem que os investidores vão manter-se atentos ao ritmo de vacinação e à expansão de novas variantes do novo coronavírus.
Uma melhoria notável do emprego nos EUA em junho, acima da esperada, fez com que Wall Street, que esteve fechada na segunda-feira devido ao feriado de 4 de julho, Dia da Independência, terminasse a sessão na sexta-feira em máximos.
A bolsa de Nova Iorque terminou em alta na sexta-feira, com o Dow Jones a subir 0,44% para 34.786,35 pontos, novo máximo de sempre desde que foi criado em 1896.
No mesmo sentido, o Nasdaq fechou a valorizar-se 0,81% para 14.639,33 pontos, também novo máximo.
A nível cambial, o euro abriu em alta no mercado de câmbios de Frankfurt, mas a cotar-se a 1,1883 dólares, contra 1,1868 dólares na segunda-feira e o atual máximo desde maio de 2018, de 1,2300 dólares, em 05 de janeiro.
O barril de petróleo Brent para entrega em setembro abriu também em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 77,60 dólares, um máximo desde pelo menos o início de 2018, contra 77,16 dólares na segunda-feira.
Leia Também: Petróleo Brent permanece em máximos, depois de novo fracasso da OPEP+
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com