Porto. "É fundamental" que concurso de transportes "se conclua depressa"
O ministro do Ambiente disse hoje que "é fundamental" que o concurso de transportes para o Grande Porto "se conclua depressa", mas recusou avançar com soluções porque os autarcas da Área Metropolitana "conhecem bem as suas responsabilidades".
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Economia Transportes
"É fundamental que esse concurso se conclua depressa", disse João Pedro Matos Fernandes, que, no entanto, quando questionado sobre se a tutela vai avançar com algum mecanismo para acelerar o concurso de transportes para o Grande Porto, remeteu o tema para a Área Metropolitana do Porto (AMP).
"Isso não tem que ver com o Ministério do Ambiente. O Ministério do Ambiente o que fez foi atribuir às áreas metropolitanas e às comunidades intermunicipais todo o poder da Autoridade de Transportes. Estou muito confortável com esta nossa decisão. Terá de ser a AMP e os seus autarcas a tomar uma decisão sobre a matéria", acrescentou.
Em declarações aos jornalistas, em Gondomar, onde presidiu à cerimónia de apresentação do projeto de requalificação da antiga Estação de Captação de Água de Foz do Sousa, sessão na qual marcaram presença vários autarcas da AMP, Matos Fernandes recusou a ideia de que estivesse a fazer um apelo ao entendimento dos autarcas, mas reiterou a importância deste processo.
"Os autarcas sabem muito bem quais são as suas responsabilidades", referiu.
No dia 25 de junho, a Comissão Executiva do Conselho Metropolitano do Porto (CmP) disse estar indisponível para assinar o contrato para concessão dos transportes na área metropolitana, depois de o autarca de Gondomar recusar deliberar a assunção de quaisquer encargos.
"Se não tiver condições, eu não assinarei nenhum contrato com nenhum operador, custe o que custar, porque eu já assisti a casos (...) em que os membros do executivo e da Assembleia Municipal se votassem a favor de situações que não eram legais tinham de compensar do seu bolso determinados custos. Eu não assumirei isso, se for o caso", afirmou o primeiro secretário do CmP, Mário Rui Soares, na reunião daquele órgão.
Dirigindo-se aos autarcas presentes na sala, aquele responsável lamentou que só na fase final do processo referente ao concurso público de transportes para a AMP tenha surgido esta questão.
No mesmo dia, o presidente da Câmara de Gondomar acusou a Comissão Executiva da AMP de "perseguição", alegando que aquele órgão teve de encontrar um "bode expiatório" para os erros "graves" que cometeu no concurso de transportes.
"Neste momento, o que está aqui em causa é uma perseguição da Comissão Executiva à minha pessoa. A Comissão Executiva cometeu erros graves e tem de encontrar um bode expiatório", afirmou Marco Martins, em declarações à Lusa.
Também no dia 25 de junho, no final da reunião do CmP, o presidente daquele órgão e da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, assegurou aos jornalistas que vai levar até "às últimas consequências o esforço diplomático" para resolver o diferendo com Gondomar no âmbito do concurso de transportes, mas admitiu ser necessário um 'plano B'.
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