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OCDE pede mercados fortes que promovam investimentos a longo prazo

A OCDE pediu hoje mercados bolsistas fortes para que possam fornecer recursos para investimentos a longo prazo, uma condição essencial para que os países e empresas embarquem no caminho da recuperação da crise provocada pela pandemia.

OCDE pede mercados fortes que promovam investimentos a longo prazo
Notícias ao Minuto

12:04 - 30/06/21 por Lusa

Economia OCDE

"Numa época em que a recapitalização de muitas empresas se tornou vital, o caminho para a recuperação exigirá mercados de valores que funcionem bem e que possam atribuir recursos financeiros substanciais para investimentos a longo prazo", diz a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) em dois relatórios sobre governação empresarial e mercados de capitais publicados hoje, que o secretário-geral Mathias Cormann vai apresentar em Roma juntamente com o ministro da Economia italiano, Daniele Franco.

A OCDE fornece alguns dados sobre a situação das empresas a nível mundial e salienta que "a rentabilidade das empresas não financeiras tem permanecido moderada nos últimos anos".

"Em 2019, tanto a rendibilidade dos capitais próprios como a rendibilidade dos ativos eram ainda inferiores aos níveis anteriores à crise financeira de 2008", adverte a OCDE, sublinhando que "a nível global, as empresas cotadas na bolsa experimentaram um aumento da alavancagem".

"A dívida das empresas com rácios de endividamento acima de 4x mais do que duplicou de 4,4 biliões de dólares (cerca de 3,7 biliões de euros) em 2005 para 11,1 biliões de dólares (cerca de 9,2 biliões de euros) em 2019", afirma.

A organização argumenta que "o investimento empresarial é essencial para desenvolver a capacidade produtiva de uma economia", mas considera que "os níveis não aumentaram significativamente desde 2005" em todo o mundo.

Além disso, observa que "entre 2005 e 2019, a despesa de capital diminuiu 2,7%, enquanto o investimento em investigação e desenvolvimento cresceu mais de 35% em percentagem do PIB".

A OCDE recorda que as empresas precisam de ter acesso aos mercados de valores para terem capital, superarem recessões temporárias e investirem a longo prazo, e menciona que só em 2020 "a emissão nos mercados de valores atingiu um máximo de 20 anos em termos reais", que lhes permitiu angariar 826.000 milhões de dólares (694.300 milhões de euros) em financiamento de capital.

Quanto aos mercados globais de obrigações de empresas, desde a crise financeira de 2008, a emissão anual global não financeira atingiu em média 1,87 biliões de dólares (1,57 biliões de euros), "mais do dobro da média entre 2000 e 2007".

Em 2020, as empresas não financeiras emitiram um recorde histórico de 2,9 biliões de dólares (2,4 biliões de euros) em obrigações de empresas a nível mundial, com uma emissão média no segundo trimestre de 350.000 milhões de dólares (294.000 milhões de euros) por mês, "o dobro da média de 2015-2019".

A OCDE explica que no final de 2020 existiam no mundo 40.531 empresas cotadas com um valor de mercado combinado de 105 biliões de dólares (88,26 biliões de euros), e que os investidores institucionais detêm quase 43% da capitalização do mercado global, seguidos pelas empresas privadas com 11% e pelo setor público com 10%.

Por último, a OCDE sublinha que antes da crise do novo coronavírus "já existiam preocupações sobre o declínio da qualidade do crescente 'stock' de obrigações empresariais em circulação" e que "durante os últimos três anos, a proporção de obrigações com 'rating' BBB, o grau de investimento mais baixo, atingiu 52% de todas as emissões com 'rating', contra 39% durante o período 2000-2007.

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