Direção do FMI deverá aprovar hoje 'novo capital' de 650 mil milhões
O conselho de administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) deverá hoje discutir a proposta sobre os 650 mil milhões de dólares de Direitos Especiais de Saque, dando mais um passo para a finalização do projeto até agosto.
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Economia FMI
De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, a secretária executiva do FMI, Kristalina Georgieva, deverá juntar-se com os outros 24 dirigentes representantes dos Estados membros para decidir sobre a proposta final que depois será levada ao conselho de governadores, composto pelos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais dos 190 membros do FMI.
Segundo duas fontes não identificadas pela Bloomberg, a proposta não deverá ter quaisquer objeções por parte dos dirigentes na reunião de hoje, devendo ser considerada como aprovada, o que significa que o calendário que prevê a disponibilização dos quase 545 mil milhões de euros em agosto deverá ser cumprido.
O Fundo está a preparar-se para fazer a maior injeção de recursos de sempre nos seus Estados membros, aumentando a liquidez global e ajudando os países de menores rendimentos e maiores dificuldades a lidarem com as consequências económicas da pandemia.
Para além disto, o FMI tem vindo a defender que os países mais ricos possam canalizar algumas das verbas que vão receber para os países em maiores dificuldades, nomeadamente os africanos, que estão em situação particularmente vulnerável devido aos impactos económicos e sanitários da pandemia de Covid-19.
Esta ajuda pode ser feita com os instrumentos atuais, nomeadamente o Fundo de Redução da Pobreza e Crescimento, que permite a disponibilização de empréstimos sem juros, mas o modelo só se aplica aos países considerados de baixo rendimento, e o FMI quer alargar o modelo às economias dos pequenos arquipélagos e aos países de rendimento médio e baixo.
Este Fundo de Resiliência e Estabilidade, uma das propostas do FMI, poderia estar finalizado até dezembro, dependendo das aprovações necessárias, mas para já o que os países mais vulneráveis podem contar, entre os quais os africanos, é com a receção de 33 mil milhões de dólares (27,6 mil milhões de euros) resultantes da sua quota de DES, e provavelmente mais 100 mil milhões de dólares, equivalentes a 83,7 mil milhões de euros, que foram prometidos pelos países mais ricos.
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