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África enfrenta tragédia humana e calamidade económica

A diretora executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse hoje que a covid-19 em África é uma "tragédia humana e uma calamidade económica", defendendo o reforço do apoio para a região com o crescimento mais rápido da pandemia.

África enfrenta tragédia humana e calamidade económica
Notícias ao Minuto

17:16 - 23/06/21 por Lusa

Economia Covid-19

"África está agora a enfrentar a mais rápida taxa de crescimento mundial de novos casos de covid-19, com uma trajetória exponencial ainda mais alarmante do que durante a segunda vaga, em janeiro, e segundo a tendência atual, esta vaga vai provavelmente ultrapassar os picos anteriores durante a próxima semana", afirmou Kristalina Georgieva, na sua intervenção nos Encontros Anuais do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

"É uma tragédia humana e uma calamidade económica", disse a responsável, exemplificando que "vários países no continente, desde a África do Sul ao Uganda ou Ruanda, foram obrigados a reintroduzir restrições, piorando ainda mais uma recuperação já de si precária, num contexto em que África está mal protegida devido a uma severa falta de vacinas, já que só 0,6% da população adulta africana foi completamente vacinada".

Para Georgieva, "os sinais de alarme são claros, e mostram uma pandemia a duas velocidades, que leva a uma recuperação a duas velocidades, com África a ficar para trás em termos de perspetivas de crescimento económico".

O FMI estima uma taxa de crescimento global de 6% este ano, mas apenas 3,2% para o continente africano.

Os Encontros Anuais do BAD decorrem até sexta-feira em formato virtual, dedicados ao tema "Construindo Economias Resilientes na África Pós-Covid", e vão fornecer uma plataforma para os governadores partilharem a experiência dos seus países na gestão da pandemia e nas medidas políticas que estão a implementar para reconstruir as economias, segundo a organização.

O BAD é uma entidade financeira multilateral vocacionada para financiar o desenvolvimento, cujos acionistas são os governos africanos e outros países não regionais, como por exemplo Portugal.

África registou mais 459 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, para um total de óbitos desde o início da pandemia de 138.154, e 21.547 novos infetados, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de casos no continente é de 5.234.387 e o de recuperados da doença é de 4.643.802, mais 21.290 nas últimas 24 horas.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.884.538 mortos no mundo, resultantes de mais de 179 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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