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Trabalhadores e sindicatos em silêncio no fim das rescisões

A administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) encerra hoje o período para rescisões amigáveis de contratos de trabalho, no âmbito do fecho da empresa, com comissão de trabalhadores e sindicatos em silêncio sobre o processo.

Trabalhadores e sindicatos em silêncio no fim das rescisões
Notícias ao Minuto

12:50 - 21/02/14 por Lusa

Economia Estaleiros

A nova versão do plano social apresentada aos trabalhadores dos estaleiros é valida até às 16:00 de hoje, mas a assinatura dos respetivos acordos para rescisões de contrato, com os trabalhadores que aderirem, deverá prolongar-se nos próximos dias, apurou a Lusa junto de fonte da empresa.

A primeira proposta da administração, prevendo indemnizações globais de 30,1 milhões de euros, aplicou-se entre 20 de dezembro e 31 de janeiro. Foi entretanto revista, passando a integrar sugestões dos representantes sindicais dos trabalhadores.

Dos 609 trabalhadores dos ENVC (em dezembro), cerca de 150 aceitaram rescindir o contrato até janeiro, segundo números da administração.

Contactada pela Lusa, fonte da comissão de trabalhadores dos ENVC escusou-se a tecer comentários sobre as adesões ao novo plano social. Contudo, dados recolhidos pela Lusa na empresa, apontam para a forte adesão dos trabalhadores à rescisão voluntária dos contratos de trabalho.

"A comissão de trabalhadores não faz comentários porque não tem dados. Quem o deve fazer é a administração", disse fonte daquele órgão representativo dos trabalhadores, que rejeitou sempre esta solução.

Além de indemnizações de um salário por cada ano de trabalho, este plano prevê uma compensação no âmbito do fundo de pensões a converter em Planos Poupança Reforma e uma majoração nas indemnizações, no valor de 2.500 euros, em determinados casos sociais previamente identificados na empresa.

Igualmente contactada pela Lusa, fonte da União de Sindicatos de Viana do Castelo, cujos dirigentes foram mandatados pelos trabalhadores em plenário realizado a 27 de janeiro para encetar contactos com a administração do novo subconcessionário, o grupo Martifer, e com o Mistério da Defesa Nacional, remeteu quaisquer comentários sobre este processo para os próximos dias.

De acordo com informação divulgada este mês aos trabalhadores dos ENVC pelo movimento sindical afeto à CGTP, o grupo Martifer - que venceu o concurso público para a subconcessão dos terrenos e infraestruturas da empresa - pretende investir 12 milhões de euros no projeto de Viana do Castelo.

Além disso, segundo os sindicatos, comprometeu-se a manter o nível salarial dos ex-trabalhadores dos ENVC, que pretende recrutar.

Esta informação consta de uma nota em que os representantes sindicais davam conta dos resultados de uma reunião com a administração daquele grupo privado.

Ainda de acordo com a mesma nota, a empresa "está já a recrutar ex-trabalhadores" dos ENVC para começar a laborar e "prevê a curto prazo iniciar a construção dos navios asfalteiros para a Venezuela".

A West Sea - empresa criada pela Martifer para assumir a subconcessão dos estaleiros - "vai abrir instalações em Viana do Castelo" para proceder ao recrutamento "prioritário" de ex-trabalhadores dos ENVC", entre os 400 que pretende contratar.

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