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Sair da 'lista verde' é "devastador" e argumentos "não convencem"

O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) diz que a decisão do Governo britânico de retirar Portugal da "lista verde" é "devastadora" e "injusta" e um "balde de água fria", com argumentos que "não convencem".

Sair da 'lista verde' é "devastador" e argumentos "não convencem"
Notícias ao Minuto

18:21 - 03/06/21 por Lusa

Economia Turismo

Em declarações via telefone à agência Lusa sobre o anúncio de que Portugal vai sair da "lista verde" de viagens internacionais no Governo britânico devido à descoberta de novas variantes e ao aumento do número de infeções nas últimas semanas, Luís Pedro Martins declarou que se trata de um notícia "devastadora" e com "argumentos que não convencem".

"É uma decisão lamentável do Governo britânico e que nos provoca novamente um grande balde de água fria. Portugal, segundo todos os rácios, designadamente do ECDC [Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças], regista 65 casos [de covid-19], por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Só há três países assim na União Europeia", declara o presidente da TPNP.

Luís Pedro Martins não compreende a decisão e considera-a uma "injustiça", porque neste momento, o índice de contágio em Portugal "é igual ao do Reino Unido" e porque os britânicos já vão num "estado bastante avançado de vacinação da sua população".

"Não conseguimos compreender esta decisão. É gravíssimo para o Algarve, com quem estamos bastante solidários, menos grave para o Porto e Norte uma vez que não é um mercado que faça parte do nosso 'top' três, mas não deixa de ser uma decisão que nos surpreende por uma injustiça", concluiu.

O ministro dos Transportes, Grant Shapps, disse numa entrevista transmitida na Sky News que foi uma "decisão difícil de tomar", invocando duas principais razões que estão a causar preocupação nas autoridades britânicas.

"Uma é que a taxa de positividade quase duplicou desde a última revisão em Portugal e a outra é que há uma espécie de mutação do Nepal da chamada variante indiana que foi detetada e simplesmente não sabemos o potencial que pode ter para resistir à vacina", explicou.

Shapps disse que o Governo quer garantir que o país não importa mais variantes que ponham em causa o plano de desconfinamento, nomeadamente a quarta etapa prevista para 21 de junho, quando se espera que sejam levantadas todas as restrições.

A medida deverá entrar em vigor a partir das 04:00 de terça-feira, quando Portugal passa para a lista "amarela", avança, por seu turno, o jornal Daily Telegraph.

Os países na "lista amarela" estão sujeitos a restrições mais apertadas, nomeadamente uma quarentena de 10 dias na chegada ao Reino Unido e dois testes PCR, no segundo e oitavo dia, como já acontece com a maioria dos países europeus, como Espanha, França e Grécia.

Portugal era até agora o único país da União Europeia (UE) na "lista verde", que isenta os viajantes de quarentena no regresso a território britânico, em vigor desde 17 de maio.

Cerca de 16 mil turistas e adeptos britânicos estiveram na cidade do Porto no último fim-de-semana para assistir à final da Liga dos Campeões, num jogo de futebol entre as equipas inglesas do Chelsea e do Manchester City, que decorreu no sábado passado, no Estádio do Dragão.

A taxa de ocupação hoteleira na cidade do Porto foi de 75% e, segundo números da Direção-Geral da Saúde (DGS), em "cinco mil testes feitos a adeptos apenas houve registo de "dois testes positivos" à covid-19, sendo um facto "animador".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.693.717 mortos no mundo, resultantes de mais de 171,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.029 pessoas dos 851.031 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Transportadoras criticam decisão britânica e receiam impacto no turismo

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