OPEP e Rússia mantêm plano para aumentar gradualmente oferta de crude

Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados da OPEP+ decidiram manter o ritmo no aumento da produção até ao final de julho, sem dar indicações concretas sobre os meses seguintes.

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© Reuters

Lusa
01/06/2021 16:59 ‧ 01/06/2021 por Lusa

Economia

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Após a breve reunião realizada hoje, também não foram divulgadas indicações sobre o regresso do petróleo iraniano ao mercado.

A organização "confirmou a decisão adotada" na cimeira precedente sobre os "ajustamentos na produção para o mês de julho, tendo em conta os fundamentos do mercado observados", anunciou o grupo em comunicado divulgado depois da reunião ministerial.

A OPEP prevê que a procura mundial de crude recupere em pleno no quarto trimestre de 2021, após a queda verificada há um ano devido à pandemia de covid-19.

"Prevemos que a procura supere os 99 milhões de barris diários do quarto trimestre, o que nos colocaria nos níveis anteriores à pandemia", afirmou o secretário-geral da OPEP, Mohamed Barkindo.

O consumo de petróleo vai aumentar este ano "quase 6,8%" nos países fora da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e 6,4% na própria OCDE, precisou.

Barkindo apresentou estas estimativas no Comité Conjunto de Supervisão Ministerial da OPEP+ (OPEP e 10 produtores aliados, incluindo a Rússia), numa breve sessão anterior à reunião dos ministros dos 23 países membros daquela aliança.

Após rever a situação, o comité recomendou às delegações deixar sem alterações o plano acordado em abril para restabelecer de forma gradual e controlada parte da produção, na sequência dos cortes em vigor.

Após uma subida na produção de 350.000 barris por dia em maio, o acordo prevê outros 350.000 adicionais em junho e 441.000 em julho, aos quais a Arábia Saudita adicionaria 250.000 barris por dia em maio, 350.000 em junho e 400.000 em julho.

Em relação à situação a partir de agosto, os ministros decidiram que será estudada no início de julho, em linha com a estratégia adotada de consultas frequentes.

Em declarações após a reunião, o representante de Riade, Abdelaziz bin Salman, indicou que nesta ocasião não foi discutido o regresso do crude iraniano, bloqueado pelas sanções norte-americanas impostas a Teerão, que podem ser levantadas se o acordo nuclear com o Irão for resgatado.

As negociações para atingir esse objetivo continuam esta semana em Viena.

Leia Também: AIE defende que OPEP tem espaço para aumentar produção

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