OPEP e Rússia mantêm plano para aumentar gradualmente oferta de crude
Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados da OPEP+ decidiram manter o ritmo no aumento da produção até ao final de julho, sem dar indicações concretas sobre os meses seguintes.
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Economia Crude
Após a breve reunião realizada hoje, também não foram divulgadas indicações sobre o regresso do petróleo iraniano ao mercado.
A organização "confirmou a decisão adotada" na cimeira precedente sobre os "ajustamentos na produção para o mês de julho, tendo em conta os fundamentos do mercado observados", anunciou o grupo em comunicado divulgado depois da reunião ministerial.
A OPEP prevê que a procura mundial de crude recupere em pleno no quarto trimestre de 2021, após a queda verificada há um ano devido à pandemia de covid-19.
"Prevemos que a procura supere os 99 milhões de barris diários do quarto trimestre, o que nos colocaria nos níveis anteriores à pandemia", afirmou o secretário-geral da OPEP, Mohamed Barkindo.
O consumo de petróleo vai aumentar este ano "quase 6,8%" nos países fora da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e 6,4% na própria OCDE, precisou.
Barkindo apresentou estas estimativas no Comité Conjunto de Supervisão Ministerial da OPEP+ (OPEP e 10 produtores aliados, incluindo a Rússia), numa breve sessão anterior à reunião dos ministros dos 23 países membros daquela aliança.
Após rever a situação, o comité recomendou às delegações deixar sem alterações o plano acordado em abril para restabelecer de forma gradual e controlada parte da produção, na sequência dos cortes em vigor.
Após uma subida na produção de 350.000 barris por dia em maio, o acordo prevê outros 350.000 adicionais em junho e 441.000 em julho, aos quais a Arábia Saudita adicionaria 250.000 barris por dia em maio, 350.000 em junho e 400.000 em julho.
Em relação à situação a partir de agosto, os ministros decidiram que será estudada no início de julho, em linha com a estratégia adotada de consultas frequentes.
Em declarações após a reunião, o representante de Riade, Abdelaziz bin Salman, indicou que nesta ocasião não foi discutido o regresso do crude iraniano, bloqueado pelas sanções norte-americanas impostas a Teerão, que podem ser levantadas se o acordo nuclear com o Irão for resgatado.
As negociações para atingir esse objetivo continuam esta semana em Viena.
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