Ryanair sai ao ataque e rejeita estar em "guerra comercial" com TAP
O presidente da Ryanair, Michael O'Leary, reuniu, esta quarta-feira, com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. No encontro, O'Leary contestou as "falsas declarações dos últimos dias de que a Ryanair está a travar uma guerra comercial".
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Economia TAP
O presidente da Ryanair, Michael O’Leary, conversou, esta quarta-feira, com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, numa reunião em que rejeitou estar numa "guerra comercial" com a companhia aérea portuguesa.
"Tivemos uma discussão interessante, embora inútil, com o ministro [Pedro Nuno] Santos esta manhã. Contestamos as suas falsas declarações dos últimos dias de que a Ryanair está a travar uma guerra comercial, quando é concorrência", disse Michael O’Leary, citado num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Nesse mesmo comunicado, enviado às redações após o encontro, a Ryanair apela à abertura do aeroporto no Montijo e ao fim da subsidiação da TAP com dinheiro dos contribuintes.
Durante o encontro, por videoconferência, "o ministro Santos disse que Portugal tem o direito de investir na TAP", segundo a nota.
"A Ryanair concorda que Portugal tem esse 'direito', mas não acredita que três mil milhões de euros dos escassos fundos dos contribuintes portugueses devem ser desviados de investir em escolas, hospitais e outras infraestruturas muito necessárias para subsidiar uma companhia aérea falhada e com preços altos como a TAP", pode ler-se.
A companhia aérea Ryanair congratulou-se, na semana passada, com a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) que anulou o aval da Comissão Europeia à ajuda estatal de 1.200 milhões de euros à TAP.
O ministro das Infraestruturas disse, no seguimento dessa decisão, que a anulação do auxílio de Estado de 1.200 milhões de euros à TAP tem origem numa "guerra comercial" da responsabilidade da Ryanair.
Em causa está o recurso interposto naquele organismo em julho de 2020 pela transportadora aérea de baixo custo Ryanair contra a ajuda estatal à companhia aérea de bandeira portuguesa TAP, com a argumentação de que este apoio português viola o tratado europeu e as regras concorrenciais.
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