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Publicidade Boca-a-boca ou Marketing de Influência

Um artigo de opinião assinado por António Filipe, diretor-geral da Skorr.

Publicidade Boca-a-boca ou Marketing de Influência
Notícias ao Minuto

12:35 - 25/05/21 por Notícias ao Minuto

Economia Artigo de opinião

"Na nova realidade do digital, e mais recentemente do estar mais em casa, aumentou também a vontade de querer fazer algo online, ou para se deixar a nossa marca ou, simplesmente para se ocupar o tempo e até ganhar alguma compensação. Motivados por estas vontades, foram surgindo novos influenciadores, alguns que rapidamente atingem números significativos de seguidores, e outros que vão crescendo mais lentamente, mas de forma igualmente interessante em valor.

Mas quais são os mais valiosos?

Todos! Apesar dos macro influenciadores terem um impacto muito maior dos micro ou nano influenciadores, os benefícios de cada um podem e devem ser explorados. Muitos consideram que o valor dos influenciadores se reflete no seu número de seguidores e nos seus gostos, mas esses não passam de medidores superficiais, métricas de vaidade. Ter mais gostos não tem tanto valor como um comentário. Um gosto é algo instantâneo, rápido e não reflete se o público realmente prestou atenção ao que se estava a comunicar. Muitos 'likes' resultam de quem publica o conteúdo ser nosso amigo ou por queremos que ele saiba que reagimos à sua publicação, independentemente do conteúdo. Até pode acontecer que apenas se deu (acidentalmente) dois toques rápidos enquanto fazia 'zapping' pela rede social.

A acompanhar este crescimento do universo de influenciadores, também a aposta das marcas, e consequentemente a alocação do seu orçamento, no marketing de influência tem crescido. Mas porquê? Pensemos nos macro influenciadores como portadores de sonhos, ou seja, estão associados a um estilo de vida inacessível ou com uma irreverência que não temos coragem de ter, que o seguidor comum acaba por viver através das redes sociais. Já os nano influenciadores têm um target extremamente segmentado – a Joaquina da horta não vai ter como público a Maria da maquilhagem, mas se calhar tem a Joana da sustentabilidade e a Ana do veganismo. 

O que quero dizer com isto é, se a Joaquina cria conteúdo sobre a sua horta e as suas variantes, e tem 2 mil seguidores, é provável que essas 2 mil pessoas estejam interessadas em marcas, produtos e serviços diretamente relacionados com este tema, e estejam mais abertas e interessadas em saber mais, questionar e adquirir para si. Agora, a probabilidade de um mega ou macro influenciador ter vários públicos é tão grande como os seus números, o que origina um alcance mais disperso, que se pode traduzir num número mais reduzido de seguidores que se tornam clientes da marca – mas, isto não os torna menos valiosos, apenas oferece resultados diferentes.

No entanto, a derradeira questão é: porque é que o marketing de influência pode resultar tão bem?

Porque ouvir alguém que 'conhecemos', em quem confiamos, falar sobre um produto que se calhar até precisamos ou temos curiosidade em experimentar, pode ser o empurrão que faltava para darmos o último passo na tomada de decisão de compra. 

Se a Maria da maquilhagem falar de um creme de limpeza, é muito provável que exista uma associação direta entre o produto e a pele da Maria e que muitos pensem 'Uau, ela tem tão boa pele, vou experimentar.'

A segmentação pode resultar numa publicidade menos dispendiosa ou não, mais eficaz ou não, mas quer sejam macro, micro ou nano, a influência é inegável. São opiniões de pessoas reais destinadas a um público real e que procura soluções para os seus problemas do dia-a-dia. 

Este é 'novo' marketing de influência, anteriormente designado por publicidade boca-a-boca."

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