Sindicato de técnicos de manutenção organiza concentração e manifesto
O Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) organiza hoje uma concentração junto às instalações da TAP, em Lisboa, e torna público um manifesto em que apresenta medidas para a reestruturação da companhia aérea.
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Economia SITEMA
Segundo as linhas gerais do manifesto divulgadas pelo sindicato, o documento 'Por uma verdadeira reestruturação da TAP' defende medidas que promovam a "dinamização económica da área de manutenção e engenharia da TAP", aumentando a rendibilidade dessa área para o grupo de aviação.
O sindicato diz que não compreende como a TAP recusa trabalho na área de manutenção e engenharia e envia aviões para manutenção no Brasil, "ao mesmo tempo que se colocam trabalhadores em 'lay-off' e se prepara a desvinculação de outros por, alegadamente, não haver trabalho".
O SITEMA afirma concordar com a necessidade de reestruturar a TAP e pede sobretudo "transformações no desenho da estrutura hierárquica e no aumento da eficiência competitiva da empresa".
O manifesto é divulgado no mesmo dia em que decorre uma concentração de apoio aos técnicos de manutenção da TAP, entre as 14:00 e as 17:00, em frente às instalações da empresa, em Lisboa, esperando o sindicato a presença de cerca de 150 destes trabalhadores especializados.
O dia escolhido para a concentração, 24 de maio, deve-se ao facto de ser a data de nascimento do norte-americano Charlie Taylor, cujos fundamentais conhecimentos mecânicos foram usados para, juntamente com os irmãos Wright, desenvolver a primeira aeronave com propulsão mecânica.
Segundo o SITEMA, nos últimos anos mais de 100 profissionais decidiram abandonar a TAP devido a condições contratuais e na antevisão do atual Plano de Reestruturação a TAP dispensou mais de 120 técnicos de manutenção entre fins de contrato e cancelamento de formação base.
Além disso, afirma, o número de técnicos de manutenção aérea na TAP está abaixo da média do existente em outras companhias aéreas de referência.
Sobre a recente reestruturação da empresa, o SITEMA tem vindo a acusar a TAP de não cumprir integralmente o Acordo de Emergência assinado, por profissionais seus associados estarem a ser convocados para rescisões por mútuo acordo.
Segundo o sindicato, os seus associados estão a ser contactados para saírem da empresa "quando as cláusulas do Acordo de Emergência assinado entre as partes previam que esta seria a última fase do processo e aplicável, se necessário, após a implementação da redução voluntária de 15% da massa salarial".
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