Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 14º MÁX 21º

Banco Mundial investe 150 mil milhões de dólares em África até 2025

O Banco Mundial vai financiar o desenvolvimento em África com 150 mil milhões de dólares até 2025, anunciou o presidente da instituição, defendendo o envolvimento dos credores privados na resolução da crise da dívida no continente.

Banco Mundial investe 150 mil milhões de dólares em África até 2025
Notícias ao Minuto

17:59 - 20/05/21 por Lusa

Economia África

De acordo com o presidente do Banco Mundial, David Malpass, a entidade vai financiar o desenvolvimento africano com pelo menos 150 mil milhões de dólares, quase 123 mil milhões de euros, nos próximos quatro anos, para ajudar a relançar as economias afetadas pela pandemia de covid-19.

"Na última década, o Grupo Banco Mundial investiu 200 mil milhões de dólares [164 mil milhões de euros] em África, e apenas nos próximos cinco anos tencionamos investir e mobilizar outros 150 mil milhões de dólares para apoiar o desenvolvimento do continente", anunciou David Malpass numa declaração colocada no 'site' do banco.

"Uma grande parte deste montante será disponibilizado através de doações e empréstimos a longo prazo e sem taxas de juro pela Instituição para o Desenvolvimento Internacional, que continua a dar um forte apoio positivo aos fluxos para África", acrescentou o responsável.

Para o responsável, "a sustentabilidade e transparência das dívidas serão vitais na atração de novos financiamentos e investimentos".

O presidente do Banco Mundial lamentou que "a participação dos principais credores tenha sido apenas parcial e continue a permitir que grandes lucros sejam retirados de África mesmo durante a crise, sem perspetivas de haver cancelamentos de dívida que muitos têm defendido".

Referindo-se à crise da dívida que o continente atravessa, devido à subida dos rácios de endividamento face ao Produto Interno Bruto (PIB), Malpass apelou aos credores privados para participarem nas iniciativas de alívio da dívida, nomeadamente o Enquadramento Comum para o Tratamento da Dívida para além da Iniciativa da Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), aprovada em abril do ano passado pelo G20, e ao qual já aderiram a Zâmbia, o Chade e a Etiópia.

"Encorajamos todos os credores, especialmente os credores privados, a fazerem do tratamento da dívida do Chade ao abrigo do Enquadramento Comum um sucesso em termos de redução da dívida e sustentabilidade duradoura", afirmou, referindo-se às reuniões que este país africano tem mantido com o comité de credores para reestruturar a sua dívida.

A DSSI é uma iniciativa lançada pelo G20 que garantia uma moratória sobre os pagamentos da dívida dos países mais endividados aos países mais desenvolvidos e às instituições financeiras multilaterais, com um prazo inicial até dezembro de 2020, mas que foi sucessivamente alargada até final deste ano.

Esta iniciativa apenas sugeria aos países que procurassem um alívio da dívida junto do setor privado, ao passo que o Enquadramento Comum, aprovado pelo G20 em novembro, defende que é forçoso que os credores privados sejam abordados, ainda que não diga explicitamente o que acontece caso não haja acordo entre o devedor e o credor.

O pedido de adesão a este enquadramento foi feito por três países africanos (Chade, Etiópia e Zâmbia), mas vários analistas consideram que haverá mais países que terão de aderir devido à sua difícil situação financeira, apesar de haver resistências por parte dos países, que automaticamente verão o seu 'rating' degradado se avançarem com uma reestruturação da dívida privada, dificultando o acesso ao mercado e o financiamento do desenvolvimento das suas economias.

A proposta apresentada pelo G20 e Clube de Paris em novembro é a segunda fase da DSSI, lançada em abril, e que foi bastante criticada por não obrigar os privados a participarem do esforço, já que abriria caminho a que os países endividados não pagassem aos credores oficiais e bilaterais (países e instituições multilaterais financeiras) e continuassem a servir a dívida privada.

Este enquadramento pretende trazer todos os agentes da dívida para o terreno, incluindo os bancos privados e públicos da China, que se tornaram os maiores credores dos governos dos países em desenvolvimento, nomeadamente os africanos.

África registou nas últimas 24 horas mais 351 mortes associadas à covid-19, contabilizando 127.352 óbitos desde o início da pandemia, e 9.821 infetados, de acordo com os mais recentes dados oficiais.

Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de casos na região é de 4.719.742 e o de recuperados é de 4.271.871, mais 10.268 nas últimas 24 horas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.406.803 mortos no mundo, resultantes de mais de 164,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: AO MINUTO: Governo recusa ligar casos a festejos. Madeira recebe vacinas

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório