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Se o NB receber 430 milhões do FdR, pode pedir injeção de 100 milhões

António Ramalho, presidente do Conselho de Administração do Novo Banco, marca presença na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo banco e imputadas ao Fundo de Resolução.

Se o NB receber 430 milhões do FdR, pode pedir injeção de 100 milhões
Notícias ao Minuto

09:52 - 19/05/21 por Notícias ao Minuto

Economia António Ramalho

O presidente do Conselho de Administração do Novo Banco, António Ramalho, disse esta quarta-feira, no Parlamento, que o Novo Banco poderá pedir uma injeção superior a 100 milhões de euros se o Fundo de Resolução (FdR) passar um cheque de 430 milhões este ano, face às contas de 2020.  

Em resposta a uma questão colocada pelo deputado do PSD Hugo Carneiro, que citou um documento interno do banco no qual se prevê uma chamada de capital entre os 90 milhões e os 150 milhões de euros no próximo ano, Ramalho disse que "num cenário de 430 milhões isso pode acontecer (…) seria uma 'call' à volta dos cento e qualquer milhões".

O Governo, no Programa de Estabilidade 2021-2025 (PE/2021-25), prevê que o valor a injetar pelo FdR no Novo Banco seja de 430 milhões de euros este ano.

Acompanhe a emissão, aqui, em direto.

"O PE/2021-25 apresenta a verba de 430 milhões de euros para capitalização do Novo Banco em 2021, cuja dotação não se encontra prevista no orçamento aprovado do Fundo de Resolução", refere a UTAO, na sua apreciação sobre o Programa de Estabilidade, a que a Lusa teve acesso.

"Só a verdade pode evitar o proliferar dos equívocos", diz Ramalho

Numa breve declaração inicial, Ramalho disse que a instituição bancária está disponível para esclarecer aquilo que ainda poderá parecer "opaco". António Ramalho sublinhou que "só a verdade pode evitar o proliferar dos equívocos e calar a sobranceria dos que sabem sem nunca terem feito". 

"Esperamos que tirem muitas dúvidas de um processo complexo, onde não podia haver soluções perfeitas", acrescentou.

A venda do Novo Banco aconteceu em 2017 à Lone Star, num processo que incluiu um Acordo de Capitalização Contingente (CCA), que permite ao Novo Banco recorrer ao Fundo de Resolução até 2026, num montante máximo de 3.980 milhões de euros.

Em 31 de março de 2017, numa comunicação ao país acerca da venda do Novo Banco à Lone Star, o primeiro-ministro António Costa disse que a venda do banco cumpria "as três condições colocadas pelo Governo" em janeiro daquele ano, sendo uma delas de que o processo não teria "impacto direto ou indireto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes".

Ao longo das audições, os deputados têm questionado os depoentes acerca do acordo, já que como o Fundo de Resolução não tem tido capacidade financeira para injetar os montantes pedidos no Novo Banco, tem recorrido a empréstimos do Tesouro.

[Notícia atualizada às 10h21]

Leia Também: Centeno admite que défice de 2017 pesou no modelo das injeções de capital

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