Covid-19: CGD tinha 5.705 milhões de euros em moratórias no fim de abril
A CGD tinha 5.705 milhões de euros em créditos com moratórias no final de abril, abaixo do valor de janeiro, segundo a informação hoje divulgada na apresentação das contas do primeiro trimestre.
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Economia CGD
Do valor de créditos com moratórias (suspensão de pagamento de capital e/ou juros), que corresponde a 13% da carteira de crédito total, 2.391 milhões de euros são referentes a crédito a particulares e 3.314 milhões de euros a crédito a empresas.
O total de crédito em moratórias em abril (5.705 milhões de euros) representava menos 4,8% do que montante de crédito em moratórias em final de janeiro (5.992 milhões de euros).
Já face a setembro de 2020, quando foi atingido o 'pico' de crédito em moratórias (6.906 milhões de euros), a redução é de 17,4%.
A maioria das moratórias termina em 30 de setembro, sendo nessa altura avaliado o impacto do fim das moratórias sobre a qualidade da carteira de crédito.
Na conferência de imprensa de hoje para apresentação das contas, o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, disse que não está para já pessimista quanto ao incumprimento dos clientes, mesmo após o fim das moratórias de créditos, mas afirmou que a evolução depende de fatores como vacinação, retoma económica e apoio a setores mais afetados.
O gestor afirmou que com o fim das moratórias que terminaram em março o crédito por regularizar cresceu de modo "pouco significativo (1%)".
Contudo, a maioria das moratórias terminam no final de setembro e é aí que estão focadas as atenções.
Paulo Macedo disse que não está pessimista para já, mas que a evolução do incumprimento dos clientes após essa data dependerá de vários fatores, a taxa de vacinação, a mobilidade das pessoas, o fim total do encerramento de atividades ('lockdown') e se houver após setembro apoio para empresas dos setores mais afetados pela crise pandémica.
A CGD teve lucros de 81 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, menos 6% do que os 86,2 milhões de euros do mesmo período do ano passado, segundo comunicado hoje ao mercado.
Entre janeiro e março, ainda segundo o banco público, foram reforçadas as imparidades de crédito em 59,6 milhões de euros "em antecipação dos efeitos da crise pandémica".
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