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Gentiloni vê "perspetiva muito boa para a economia portuguesa"

O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, considera que as previsões económicas hoje divulgadas por Bruxelas abrem uma "perspetiva muito boa para a economia portuguesa", apesar da revisão em baixa do crescimento para este ano.

Gentiloni vê "perspetiva muito boa para a economia portuguesa"
Notícias ao Minuto

11:10 - 12/05/21 por Lusa

Economia UE/Previsões

Questionado sobre a revisão em baixa da estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português em 2021, dos 4,1% antecipados em fevereiro para 3,9%, em contraste com a revisão em alta do ritmo da retoma da zona euro e UE, Gentiloni destacou antes a revisão em alta do crescimento previsto para 2022, acima da média europeia.

"Se compararmos a previsão com a previsão de inverno [divulgada há três meses], o crescimento para 2022 é mais alto do que o previsto: temos uma projeção do crescimento português de 5,1%, o que é acima da média da UE e da zona euro. Por isso, penso que esta é uma perspetiva muito boa para a economia portuguesa", declarou o responsável italiano.

Paolo Gentiloni apontou que é necessário ter em conta "o impacto da crise" da covid-19 em "alguns setores em particular, como o turismo internacional", razão pela qual "a previsão de crescimento acelera ano após ano, porque o ponto de partida não é fácil".

Numa reação à agência Lusa, também o vice-presidente executivo Valdis Dombrovskis considerou que Portugal "pode agora ter esperança de o pior já ter passado" relativamente à recessão económica gerada pela pandemia, apesar da revisão em baixa da retoma do PIB no ano em curso.

"Depois de mais de um ano de sofrimento económico, Portugal pode agora ter esperança de o pior já ter passado", declarou Valdis Dombrovskis, numa reação à agência Lusa sobre as previsões económicas de primavera da Comissão Europeia, hoje divulgadas.

Notando que "à medida que as medidas de contenção vão sendo gradualmente relaxadas", o responsável na instituição pela pasta de "Uma economia ao serviço das pessoas" observa que isso permitirá que a economia portuguesa "volte a crescer a partir do segundo trimestre".

"Esperamos uma expansão do PIB [Produto Interno Bruto de Portugal] de 3,9% em 2021 e novamente de 5,1% em 2022, contra as projeções da UE [União Europeia] de 4,2% e 4,4%, respetivamente", assinalou Valdis Dombrovskis nesta declaração à Lusa.

O vice-presidente executivo adiantou que "a recuperação económica de Portugal será ajudada em grande parte pelo Mecanismo de Recuperação e Resiliência para financiar as reformas e investimentos necessários".

A Comissão Europeia reviu hoje em baixa o crescimento económico esperado para Portugal este ano, apontando agora para 3,9%, quando em fevereiro esperava 4,1%.

As previsões de um crescimento de 3,9% hoje anunciadas pela Comissão Europeia estão exatamente alinhadas com as do Banco de Portugal (BdP) e as do Fundo Monetário Internacional (FMI), estando uma décima abaixo dos 4,0% esperados pelo Governo e acima dos 3,3% do Conselho das Finanças Públicas (CFP) e dos 1,7% da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

"A economia portuguesa irá crescer novamente a partir do segundo trimestre de 2021, à medida que as medidas para conter a pandemia de covid-19 são gradualmente relaxadas", pode ler-se no texto sobre Portugal nas 200 páginas das previsões económicas.

Bruxelas antecipa ainda que o PIB português deverá chegar ao seu nível pré-crise "a meio de 2022" (ano em que a Comissão Europeia espera um crescimento de 5,1%), algo ajudado pelo Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR).

"A projeção tem em conta um forte crescimento do investimento, ajudado pelo desenvolvimento do MRR. Assume-se que a recuperação no turismo ganhará velocidade no terceiro trimestre de 2021, mas não se espera que o setor tenha atingido o seu nível pré-pandemia no final do horizonte de projeções", ou seja, em 2022.

Portugal foi o primeiro Estado-membro da UE a entregar a versão final do Plano de Recuperação e Resiliência à Comissão Europeia, prevendo um total de 16,6 mil milhões de euros, dos quais 13,9 mil milhões de euros dizem respeito a subvenções a fundo perdido.

Leia Também: Bruxelas piora previsões para défice português, mas melhora as da dívida

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