Com capacidade de processamento de 180 mil barris de petróleo diários e 7,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia, a entrega da unidade P-78, que é do tipo FPSO e será a sétima desse campo de produção, está prevista para 2024.
As FPSO são gigantescos navios-plataforma essenciais para a exploração de petróleo em águas profundas e muito profundas, que podem ser conectados a poços submarinos e armazenar temporariamente a sua produção até que seja transferida para navios cargueiros.
Com a nova unidade, a estatal petrolífera prevê a interligação de 13 poços, dos quais seis são produtores e sete injetores, através de uma infraestrutura submarina composta por oleodutos rígidos de produção e de injeção e oleodutos flexíveis de serviços.
O plano estratégico da Petrobras prevê a instalação até 2030 de 12 gigantescas plataformas marítimas de exploração de hidrocarbonetos em Búzios, considerada uma das maiores descobertas mundiais em termos de reservas de petróleo nos últimos anos.
A previsão é que a produção em Búzios alcance até dois milhões de barris de petróleo e gás equivalente (padrão de medida equivalente à energia libertada pela queima de um barril de petróleo bruto).
Atualmente, são quatro as plataformas a operar em Búzios e são responsáveis por 20% de todo o petróleo produzido pela Petrobras. Duas plataformas já estão em construção e outras duas em processo de contratação.
Búzios localiza-se a 180 quilómetros da costa brasileira, numa região do oceano Atlântico onde a profundidade do mar é de 5.000 metros.
A sua área é de 850 quilómetros quadrados e os 45 poços perfurados permitiram, até ao momento, identificar reservas de até 480 metros de espessura, com petróleo de altíssima qualidade.
O campo está localizado no pré-sal, horizonte de exploração que o Brasil descobriu em águas muito profundas do Atlântico, abaixo de uma camada de sal de dois quilómetros de espessura e que poderá tornar o país num dos maiores exportadores mundiais de hidrocarbonetos.
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