Criação de emprego nos EUA enfrenta obstáculos
As criações de emprego em abril nos EUA, conhecidas hoje, dececionaram, ao ficarem pelos 266 mil, depois de 770 mil de março, motivando interrogações sobre as razões, dado que a economia está a recuperar.
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Economia EUA
Organizações patronais e políticos republicanos apontam o dedo às "ajudas generosas" do governo, o que o presidente norte-americano, Joe Biden, rejeita.
Considerando todos os programas de apoio, um pouco mais de 16 milhões de pessoas recebiam em meados de abril uma ajuda resultante da perda de emprego ou rendimento, segundo estatísticas do Departamento do Trabalho.
No quadro do programa de urgência votado em março, o Estado federal atribui 300 dólares (247 euros) por semana, além dos subsídios atribuídos pelos Estados.
Alguns empregadores, nomeadamente do setor da hoteleira e restauração, apoiados pelos republicanos, estimam que os subsídios de desemprego excecionais mantidos pelo governo de Joe Biden são demasiado generosos e estão a travar a contratação de trabalhadores.
Segundo a Câmara dos Comércio dos EUA, a principal federação patronal do país, um desempregado em quatro "ganha mais do que a trabalhar".
O vice-presidente da Câmara, Neil Bradley, defendeu mesmo que "os decisores políticos devem acabar imediatamente com a prestação de desemprego suplementar semanal de 300 dólares".
A continuação do encerramento parcial de escolas e jardins de infância em vários Estados é outro fator limitativo da procura ou manutenção de emprego, que continua a condicionar milhões de pessoas.
A Casa Branca sublinhou hoje que "numerosas indústrias ainda estão a procurar recuperar das suas perdas devidas à pandemia".
Realçou que o setor do tempo livre e hotelaria, "de longe o mais afetado" pela crise, tem 17% de empregos a menos do que antes da pandemia.
E, com as fronteiras dos EUA a continuarem fechadas, este setor - e, de forma mais geral, o do turismo e viagens - continua privado dos visitantes estrangeiros.
Por outro lado, a penúria dos semicondutores trava a produção e, assim, o emprego no setor industrial.
Acresce que em alguns setores os empregadores continuam a não poder contratar, devido à manutenção das restrições contra o novo coronavirus, casos das indústrias do desporto, artes e espetáculos.
"Nunca pensámos que depois dos primeiros 50 ou 60 dias (do nosso governo) tudo estaria bem", reagiu Joe Biden. Este relatório mostra que "há um longo caminho a percorrer", acrescentou.
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