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AEP alerta para urgência do apoio ao financiamento e capitalização

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) alerta o Governo para a "necessidade urgente" de apoiar o financiamento e a capitalização das empresas portuguesas, de forma a "travar o encerramento" de negócios viáveis.

AEP alerta para urgência do apoio ao financiamento e capitalização
Notícias ao Minuto

13:22 - 07/05/21 por Lusa

Economia Covid-19

fundamental a rápida implementação de instrumentos de apoio ao financiamento e à capitalização, área onde o tão ansiado Banco Português de Fomento terá um papel muito relevante", sustenta o presidente da AEP numa nota enviada hoje à agência Lusa.

Segundo salienta Luís Miguel Ribeiro, "a recapitalização e o prolongamento dos apoios são essenciais enquanto for necessário travar o encerramento de empresas viáveis".

"Não podemos, nem devemos, aguardar até ao final do verão", avisa, convicto de que "serão novamente as empresas a ter um papel determinante na recuperação económica e social do país".

A AEP lembra que "a anterior crise mostrou que as empresas com elevada produtividade, mas em 'stress' financeiro, cresceram a um ritmo mais lento e viram a sua probabilidade de encerramento aumentar", sendo que "o risco de encerramento foi ainda maior para as empresas muito endividadas e mais dependentes do financiamento bancário".

E -- nota -- "embora com características diferentes, a atual crise também implicou o aumento do endividamento bancário, acentuado pelo uso (muito maior do que na União Europeia) dos instrumentos de moratórias e linhas de crédito com garantia pública".

Na nota enviada à Lusa, a associação destaca que, "apesar do impacto brutal da pandemia sobre a atividade económica, as empresas portuguesas continuaram a revelar a capacidade de resiliência que tão bem as caracteriza", com a variável investimento a recuar menos que o Produto Interno Bruto (PIB).

A este propósito, destaca que o próprio Banco de Portugal (BdP) considerou que "os apoios à situação financeira das empresas, a disponibilidade de crédito com taxas de juro baixas e com garantia do Estado terão contribuído para suportar o investimento".

Outro fator apontado pela AEP para demonstrar a resiliência das empresas é o nível dos fluxos comerciais com o exterior: Apesar de as exportações de bens "terem reduzido fortemente em 2020", o facto é que "Portugal conseguiu alcançar um ganho de quota em vários produtos e mercados externos", sublinha.

A associação ressalta ainda que "vários estudos demonstram a importância de se apoiar as empresas nesta crise, a urgência da sua recapitalização e os riscos de uma retirada prematura dos apoios".

Como exemplos, aponta dois trabalhos apresentados no Boletim Económico de maio do BdP relativos aos impactos da pandemia nas empresas, um sobre liquidez e o outro sobre descapitalização.

"Em ambos os estudos, fica bem patente que, sem os principais apoios ('lay-off' simplificado, garantias de crédito e moratórias), as empresas mais afetadas teriam tido, em 2020, uma redução acentuada de liquidez, em vez de um aumento ligeiro no rácio caixa/ativo", precisa.

Por outro lado, acrescenta, "simulações efetuadas pelo BdP apontam para que o peso de empresas com capitais próprios negativos possa subir de 26% em 2019 para 33% em 2021, valor que, a concretizar-se, supera o máximo de 30% registado durante a crise de dívida soberana".

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