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Sindicatos exigem que Santander cumpra promessa de saídas só por acordo

O Mais Sindicato, o SBC -- Sindicato dos Bancários do Centro e o SBN -- Sindicato dos Bancários do Norte exigiram hoje que o Santander Totta "cumpra a sua promessa" de que só haveria saídas por acordo com os trabalhadores.

Sindicatos exigem que Santander cumpra promessa de saídas só por acordo
Notícias ao Minuto

17:34 - 28/04/21 por Lusa

Economia Santander

O Santander adiantou hoje que chegou a acordo para a saída de 68 trabalhadores no primeiro trimestre deste ano, no âmbito da reestruturação do banco, e prevê eliminar mais 100 a 150 postos de trabalho "cujas funções se tornaram redundantes".

A instituição divulgou que o lucro entre janeiro e março caiu 71,2% para 34,2 milhões de euros, com os resultados a incluírem uma provisão de 164,5 milhões de euros para fazer face à reestruturação dos recursos humanos.

Os sindicatos afirmam em comunicado que "foram hoje surpreendidos pela nota de imprensa" do banco, "e subsequentes declarações" de que pretende "reduzir o número de trabalhadores, recorrendo a medidas unilaterais -- ou seja, a despedimentos".

Neste contexto, os três sindicatos lembraram à administração do Santander Totta "que lhes assegurou que só haveria saídas do banco por acordo com os trabalhadores. E exigem que cumpra a sua promessa".

O Mais, o SBN e o SBC "não permitirão ameaças e recorrerão a todos os meios legais e outros para proteger os trabalhadores", garantiram, referindo que "desde a primeira hora" acompanham o "processo de redução dos quadros de pessoal encetado pelo banco".

"Pediram -- e conseguiram -- que o banco enveredasse pelas reformas, e o banco comprometeu-se a contactar todos os trabalhadores que tivessem mais de 55 anos", referiram.

De acordo com a estruturas sindicais, ao "contrário do insucesso invocado pelo banco, o processo de reformas antecipadas está longe de estar concluído: dos cerca de mil trabalhadores que cumprem os requisitos, nem metade foi contactado".

Os sindicatos adiantaram que o Santander, que refere já um plano de reestruturação em junho, no entanto, "não sabe quantos trabalhadores saíram voluntariamente, ao mesmo tempo que nega a mesma possibilidade a muitos que se pronunciaram favoravelmente".

De acordo com o comunicado, "a verdade é que muitos são os que manifestaram interesse em negociar uma rescisão por mútuo acordo (RMA), mas o banco não aceitou".

Os sindicatos disseram ainda que o banco se comprometeu "perante o Mais, o SBN e o SBC que só haveria saídas por acordo com o trabalhador", pelo que exigem "que honre o compromisso".

"Nada justifica que o banco pense sequer em despedimentos, seja sob que forma for -- coletivo, por extinção do posto de trabalho, ou qualquer outro subterfúgio", vincaram as estruturas, referindo que "querem acreditar que o Santander saberá e quererá manter a paz social e tratar os trabalhadores com justiça e dignidade" e assegurando que "recorrerão a todos os meios legais e outros para proteger os trabalhadores".

No comunicado dos resultados dos primeiros três meses do ano, o banco referiu que "a otimização da rede de agências implicou a redução de 427 para 386 balcões (entre dezembro de 2020 e março de 2021)", isto é, o fecho de 41 balcões, e que foram "concretizados 68 acordos de saída do banco com colaboradores abrangidos".

"Nesta data são iniciados os procedimentos tendentes a uma redução unilateral que incluirá os demais colaboradores cujas funções se tornaram redundantes, medida que incluirá entre 100 e 150 colaboradores", acrescentou.

Adicionalmente, acrescentou, está a decorrer um programa geral voluntário de saídas para colaboradores com 55 ou mais anos de idade (Plano 55+), que representam atualmente uma fatia de cerca de 950 trabalhadores do banco.

"Em junho, após a conclusão deste plano, será aprovado um plano de reestruturação, cujo âmbito e dimensão será determinado em função dos resultados do Plano 55+", referiu.

Leia Também: Sindicato diz que redução de trabalhadores no Santander é "inaceitável"

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