Sines exige "capacidade de mobilização" (e é "investimento simbólico")
Sines vai receber um projeto de 3,5 mil milhões de euros que vai criar 1.200 empregos qualificados.
© Reuters
Economia Pedro Siza Vieira
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, sublinhou, esta sexta-feira, que o investimento em Sines, que foi já comparado ao da Autoeuropa, exige de Portugal apenas a mobilização no sentido de dar andamento ao processo. Já o primeiro-ministro, António Costa, sublinhou que se trata de um "investimento simbólico" - e explica porquê.
"Este é um projeto que exige de nós apenas a capacidade de nos mobilizarmos para assegurarmos que as decisões públicas e privadas acontecem depressa. Não nos pedem mais nada do que isto", disse o ministro da Economia, em declarações transmitidas pela RTP. "É nossa tarefa agora estar à altura do desafio que nos lançaram", acrescentou.
O secretário de Estado da Internacionalização já tinha sublinhado o "enorme potencial de exportação de serviços" do projeto anglo-americano de um 'data centre' em Sines, que destacou como "o maior investimento estrangeiro captado pelo país desde a Autoeuropa".
"A pandemia mostrou a capacidade que as sociedades têm e a disponibilidade para mais rapidamente darem o salto para a tecnologia digital", disse ainda o ministro da Economia, que marcou presença na apresentação do projeto. "A partir daí, o caso português torna-se mais óbvio (...) um olhar de fora permite-nos perceber melhor a escala de oportunidade e o que está ao nosso alcance", disse ainda o ministro.
Siza disse ainda que o país sabe o que é preciso fazer: "Precisamos de conhecer melhor e dar a divulgar as nossas infraestruturas em matéria de conectividade digital. Temos muita disponibilidade de fibra ótica no país, mas ela não está totalmente aproveitada. Não é integralmente conhecida nem por nós nem pelo mundo."
Costa diz que Sines é "localização privilegiada" (e destaca "investimento simbólico")
Por seu turno, o primeiro-ministro, António Costa, que também esteve presente na cerimónia, sublinhou que "os cabos de ligação de fibra ótica fazem de Sines um ponto de localização privilegiada para toda a indústria assente no digital".
Costa diz que este projeto permite "conjugar simultaneamente" a ambição de estar na "liderança da transição digital, mas também da transição climática".
Porém, o primeiro-ministro destacou também que se trata de um investimento simbólico, independentemente de ser o maior das últimas décadas.
"É por isso um projeto que, independentemente da sua dimensão e de vir a comprovar ser o maior investimento direto estrangeiro que se faz nas últimas décadas em Portugal, é seguramente, desde já, um investimento absolutamente simbólico, porque demonstra tudo aquilo que são as nossas bases da estratégia de desenvolvimento: uma localização que assegura a conectividade global, uma capacidade única para sermos um grande centro de produção de energia renovável de baixo custo e podermos estar na linha da frente da transição para a sociedade digital", vincou o primeiro-ministro.
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