Associações de Defesa do Ambiente saúdam Plano Ferroviário Nacional
A Confederação Portuguesa de Associações de Defesa do Ambiente (CPADA) saudou hoje o lançamento do Plano Ferroviário Nacional e o objetivo assumido pelo Governo de promover a sua aprovação em Assembleia da República, consagrando-o em lei.
© Global Imagens
Economia Ferroviário
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, participou na segunda-feira no lançamento do Plano Ferroviário Nacional (PFN) que tem entre os principais objetivos a modernização da linha ferroviária, a resolução dos estrangulamentos no acesso às áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, bem como a criação de um eixo de alta velocidade entre Porto e Lisboa.
Em comunicado, a CPADA saudou o momento "histórico que permitirá promover um amplo consenso social e político quanto às prioridades de investimento público na ferrovia -- um dos mais importantes instrumentos de política pública para a transição ecológica e climática.
"A CPADA saúda por isso o objetivo assumido pelo Senhor Ministro das Infraestruturas e Habitação de promover uma aprovação do PFN em assembleia da república, consagrando-o em lei", refere.
De acordo com a CPADA, o investimento na ferrovia em Portugal "tornará o país um ativo contribuidor para a transição ecológica" necessário para conter o aquecimento global e os outros efeitos das alterações climáticas.
O investimento, segundo a Confederação, vai criar emprego verde como nos casos da indústria ferroviária ou do turismo ferroviário e vai contribuir para "a economia circular de que é exemplo recente a compra de material circulante ao operador espanhol e sua recuperação nas oficinas portuguesas".
Na nota, a CPADA destaca o investimento na ferrovia e nos serviços de alta velocidade tornando-os uma alternativa ao tráfego aéreo para distâncias inferiores a 1.000 km e a definição de serviços internacionais fundamentais, entre os quais se deverão identificar os serviços noturnos com Espanha.
"Implementar sistemas de bicicletas partilhadas por iniciativa dos operadores ferroviários e/ou autarquias locais, assegurando complementaridade de serviços, em todas as cidades com mais de 50.000 habitantes e a eliminação do glifosato no tratamento de vegetação ao longo das infraestruturas ferroviárias até 2025 (à semelhança dos compromissos assumidos pela SNCF Réseau em França) são outras medidas destacada pela CPADA.
A Confederação realçou também o investimento em interfaces de transportes que privilegiam a relação entre a ferrovia e o território promovendo a acessibilidade do transporte coletivo a serviços, indústria e habitação.
Na segunda-feira, o ministro das Infraestruturas precisou que o PNF vai ser concretizado à medida das condições financeiras do país, adiantando que os investimentos serão superiores aos previstos no PNI 2030.
"O Plano Ferroviário Nacional permitirá nós pensarmos, em termos em lei, a rede ferroviária que o país quer ter. Outra coisa diferente são as fontes de financiamento para a sua concretização", precisou, Pedro Nuno Santos.
O ministro referiu ser fundamental ter em lei a definição das prioridades, o que vai ficar concretizado através do plano apresentado segunda-feira.
Apesar de não revelar os montantes que podem estar em causa, tendo em conta que o plano ainda não está fechado, Pedro Nuno Santos adiantou que os investimentos serão superiores aos previstos no Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030, que atribuiu 10 milhões de euros à ferrovia.
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