Governo mobiliza fundos e/ou receitas do leilão 5G para cabos submarinos
O Governo pretende mobilizar fundos comunitários e/ou receitas do leilão 5G para "promover a implementação do novo anel CAM e ligações intercontinentais digitais", lê-se nas Grandes Opções 2021-2025 aprovadas na quinta-feira.
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Economia 5G
"A conectividade digital entre o continente e as regiões autónomas dos Açores e da Madeira deve ser mantida, modernizada e reforçada", refere o documento, adiantando que "o sistema de novos cabos submarinos deverá ficar operacional até ao fim" de 2024.
"Para o efeito, serão adicionalmente mobilizados fundos comunitários e/ou receitas do processo de leilão 5G com vista a promover a implementação e operação do novo anel CAM e ligações intercontinentais digitais, para substituição do atual sistema de comunicações de cabos submarinos", salienta o Governo nas Grandes Opções.
O objetivo é "conferir capacidade de infraestrutura de alto débito ao nível das comunicações digitais, com disponibilidade para acompanhar o crescimento das necessidades que se adivinha para as próximas décadas".
De acordo com o despacho publicado em setembro do ano passado, o investimento na substituição dos cabos submarinos de comunicação eletrónica entre o continente, os Açores e Madeira é de 118,9 milhões de euros, uma obra que deverá estar concluída em 2024 e 2025, respetivamente.
Segundo o despacho publicado em Diário da República, em 30 de setembro, e que determinava o início do processo de substituição do atual sistema de comunicação eletrónica entre o continente e as ilhas, "a construção do anel CAM deverá ser considerada como projeto prioritário, para efeitos de acesso a financiamento da União Europeia", estimando-se que o valor do investimento seja de 118,9 milhões de euros.
O novo conjunto de infraestruturas de cabos submarinos CAM vai dispor de seis pares de fibras óticas em todos os segmentos, complementado por um par de fibras óticas, a partir da Madeira, e deverá ser dotado de equipamento de deteção sísmica, para produção de alertas, de medições ambientais, de deteção de atividade náutica submarina e de transmissão de dados de projetos científicos.
As comunicações eletrónicas entre o território de Portugal continental e os arquipélagos dos Açores e da Madeira são atualmente asseguradas através de um sistema de cabos submarinos: dois a partir de Carcavelos, um para a ilha de São Miguel e outro para a ilha da Madeira, e um terceiro entre São Miguel e a Madeira (o conjunto designado "anel CAM"), num total de 3.700 quilómetros.
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