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Fábrica de combustíveis da refinaria de Matosinhos fechou em março

A Galp encerrou, no final de março, a fábrica de combustíveis da refinaria de Matosinhos, no distrito do Porto, em "linha" com o calendário previsto, confirmou hoje a empresa à agência Lusa.

Fábrica de combustíveis da refinaria de Matosinhos fechou em março
Notícias ao Minuto

18:18 - 14/04/21 por Lusa

Economia Galp

"O calendário anunciado para o descomissionamento da refinaria de Matosinhos mantém-se em linha com o previsto, nomeadamente o encerramento da fábrica de combustíveis, que ocorreu no final de março", referiu, em resposta à Lusa, a empresa que em dezembro anunciou a intenção de concentrar as operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines, descontinuando em 2021 a refinação em Matosinhos.

A Galp disse ainda que, também no final de março, concluiu a primeira ronda de conversas individuais com a totalidade dos colaboradores.

A decisão da Galp de descontinuar a refinação em Matosinhos põe em causa 500 postos de trabalho diretos e 1.000 indiretos, conforme estimativas dos sindicatos.

O dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (SITE) do Norte e da comissão de trabalhadores, Telmo Silva, contou hoje à Lusa que apesar da fábrica de combustíveis ter fechado, os trabalhadores a ela afetos continuam a cumprir os seus turnos.

"Não tendo o que fazer, vão [esses trabalhadores] fazendo uns acompanhamentos, umas leituras de pressões e vigilâncias", frisou.

Telmo Silva estima que no final deste mês também fechem as fábricas dos óleos base e aromáticos.

Reafirmando que a empresa continua "em silêncio", o sindicalista acredita que o caminho seja o despedimento coletivo.

No início do ano, a Galp detalhou que "estão previstas três grandes etapas sequenciais -- descomissionamento, desmantelamento e descontaminação -- que devem prolongar-se durante um período mínimo de três anos".

O descomissionamento da refinaria "terá lugar durante 2021 (até final de março para a fábrica de combustíveis, até final de junho para as fábricas de aromáticos e óleos base e até final de dezembro para as utilidades) e destina-se a isentar todas as unidades processuais da presença de produto", frisou.

Assim, o grupo irá preparar "os equipamentos de uma forma segura para, a partir de 2022, o seu desmantelamento e subsequente descontaminação, de acordo com plano a definir que resultará das alternativas de uso a serem identificadas".

Os trabalhadores já organizaram quatro protestos: um junto à Câmara Municipal de Matosinhos, a 12 de janeiro, outro a 02 de fevereiro em frente à sede da Galp e à residência do primeiro-ministro, um terceiro a 25 de fevereiro, junto à Câmara Municipal do Porto, e um último a 18 de março, novamente frente à residência do primeiro-ministro.

O Estado é um dos acionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.

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