Petrolifera saudita Aramco arrenda rede de oleodutos por 10,4 mil milhões
A companhia saudita Aramco assinou um contrato de arrendamento, por 25 anos, com um consórcio liderado pela EIG, sediada em Washington, para a sua rede de oleodutos por 12,4 mil milhões de dólares (10,4 mil milhões de euros).
© Reuters
Economia Aramco
O acordo, noticiado pela agência noticiosa oficial da Arábia Saudita, SPA, envolve a criação de uma empresa subsidiária, a Aramco Oil Pipelines Company, na qual a Aramco tem uma posição maioritária de 51%, garantindo o seu direito de utilização, com o compromisso de um volume mínimo em troca do pagamento de uma taxa.
De acordo com a companhia petrolífera, esta transação faz parte da estratégia da empresa para "libertar o potencial da sua base de ativos e maximizar o seu valor para os acionistas", ao mesmo tempo que reforça o seu papel "como catalisador para atrair investimento estrangeiro significativo" para a Arábia Saudita, refere a SPA.
O vice-presidente de Desenvolvimento Corporativo da empresa saudita, Abdulaziz bin Mohamed al Guaimi, citado pela agência, disse que o contrato lhes permite reforçar o seu balanço financeiro e "a resiliência, agilidade e capacidade da Aramco para responder às dinâmicas de mercado, em mudança".
Esta operação da companhia petrolífera estatal saudita, o maior exportador mundial de petróleo bruto, surge numa altura em que os lucros da empresa foram drasticamente reduzidos devido à crise económica provocada pela pandemia da covid-19 e aos baixos preços internacionais do petróleo bruto.
Apesar disso, a empresa tem mantido o pagamento de dividendos em níveis elevados, pelo que foi forçada a recorrer a outras estratégias de financiamento, tais como uma emissão de dívida em novembro do ano passado.
A Aramco fez uma oferta pública de capital, em dezembro de 2019, embora tenha oferecido apenas 1,5% das suas ações.
O resto permanece nas mãos do governo saudita, que lançou nos últimos anos uma série de projetos ambiciosos e multimilionários, financiados com dinheiro das exportações de petróleo, para modernizar o país e diversificar a economia, altamente dependente do petróleo bruto.
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