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Guiné Equatorial prevê crescimento económico de 2,8 por cento em 2021

A economia da Guiné Equatorial deverá crescer 2,8 por cento em 2021, segundo dados do crescimento económico hoje divulgados e que revelam que a economia do país está em terreno negativo desde 2016.

Guiné Equatorial prevê crescimento económico de 2,8 por cento em 2021
Notícias ao Minuto

19:28 - 05/04/21 por Lusa

Economia Guiné Equatorial

"Prevê-se que, em 2021, a economia nacional alcançará uma taxa de crescimento positiva devido principalmente ao aumento da produção de gás e da recuperação paulatina de algumas atividades do setor terciário, em comparação com 2020", estimou o Instituto Nacional de Estatísticas da Guiné Equatorial (INEGE).

O INEGE divulgou hoje os dados macroeconómicos definitivos de 2018, estimativas para os anos 2019 e 2020 e previsões para 2021.

"Espera-se que o Produto Interno Bruto (PIB) petrolífero registe um crescimento de 4,7% e o não petrolífero 0,5%", acrescentou o INEGE.

Em maio de 2019, o Governo da Guiné Equatorial enviou informação ao Fundo Monetário Internacional (FMI), assegurando que ter saído da recessão económica em 2017 e registado crescimentos de 7,3% nesse ano e de 3,4% em 2018.

No entanto, o FMI apontava ao país crescimentos económicos negativos desde 2015 até 2023, só prevendo um crescimento positivo, de 1,5%, em 2024.

De acordo com os dados macroeconómicos definitivos de 2018, apresentados hoje pelo diretor-geral do INEGE, Ricardo Nsue Ndemesogo, a taxa de crescimento da economia da Guiné Equatorial situou-se nos -6,2% nesse ano, abaixo dos -5,7% de 2017.

"A queda na produção de hidrocarbonetos, combinada com a redução da despesa pública, levou a uma contração do PIB em termos reais de 6,2%, com o PIB petrolífero a cair 12,4% e o PIB não petrolífero a aumentar 2,9%", indicou.

Para o ano de 2019, e de acordo com a mesma fonte, as estimativas de crescimento económico apresentam uma ligeira melhoria na queda do PIB, que será de cerca de -6,0%, sendo o recuou do PIB petrolífero de 9,3% e o do PIB não petrolífero de 2,0%.

Para o ano de 2020, o INEGE calcula uma contração de 4,9 por cento da economia.

O INEGE tinha previsto anteriormente um crescimento da economia nacional, altamente dependente dos hidrocarbonetos, entre -5,8% (numa perspetiva otimista) e -8,9% (num cenário muito pessimista), devido aos efeitos da pandemia na economia mundial e na procura de produtos do petróleo.

"No entanto, apesar de uma situação internacional desfavorável (com o preço do petróleo bruto a 41,3 dólares por barril, ou uma diminuição de 32,8%), o Ministério das Minas e Hidrocarbonetos conseguiu motivar as empresas do setor a manterem os seus investimentos, permitindo a recuperação das exportações de crude em 0,2%, em comparação com 5,5% em 2019", aponta o INEGE.

Para 2021, apesar dos continuados impactos da pandemia, o INEGE estima uma retoma da economia assente nas previsões do aumento do preço do barril de petróleo, no programa de vacinação em marcha e no lançamento da primeira fase do projeto de exploração de gás no campo Alen.

Prevê ainda um impacto positivo do aumento da despesa pública, previsto no orçamento, com a despesa corrente a aumentar 18,1% e a despesa de investimento 14,5% relativamente a 2020.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou em janeiro que vai rever o programa de assistência financeira à Guiné Equatorial devido ao "profundo impacto da crise", que impediu qualquer desembolso em 2020 e adiou a primeira revisão do programa para este ano.

A Guiné Equatorial acordou um programa de resgate financeiro no final de 2019 para ajudar a equilibrar a economia depois de vários anos de recessão económica, mas recebeu apenas 40 milhões de dólares, menos de 33 milhões de euros, juntamente com a assinatura do acordo, em dezembro desse ano.

A revista britânica The Economist publicou um artigo no qual ligava a falta de desembolsos em 2020 com a rejeição da adesão do país à Iniciativa para a Transparência na Indústria Extrativa, por falta de informação.

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