EUA vão pressionar G20 para adotar taxa mínima de imposto corporativo
Os Estados Unidos vão pressionar os seus parceiros do G20 a adotarem uma taxa mínima de imposto corporativo, disse hoje a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.
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Economia G20
"Estamos a trabalhar com os países do G20 (o grupo das 20 economias mais desenvolvidas) para chegar a um acordo sobre uma quota mínima de imposto corporativo, o que poderá acabar com a descida para o fundo do poço", disse Yellen, durante um discurso em Chicago.
Uma semana depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter apresentado um plano de investimento para o seu país financiado por um aumento dos impostos sobre as grandes empresas, a secretária de Tesouro lamentou que outros países continuem a apostar numa baixa de tarifas para as empresas, em nome da competitividade.
"Juntos, poderemos adotar uma tributação corporativa global mínima para garantir que a economia mundial prospere num campo de atuação mais equitativo na tributação das multinacionais", explicou Janet Yellen, alegando que esta estratégia poderá conduzir a mais "inovação, crescimento e prosperidade".
Joe Biden apresentou, em 31 de março, um plano para investir 2.000 mil milhões de dólares (cerca de 1.700 mil milhões de euros) ao longo de oito anos, em redes de transporte, indústria e Internet, que será financiado por um aumento de impostos sobre as grandes empresas, de 21% para 28%.
Janet Yellen, durante uma audiência no Senado, alguns dias antes, já tinha expressado apoio a um aumento dos impostos corporativos nos Estados Unidos, como parte de um acordo global negociado na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Para a secretária de Tesouro dos EUA, as negociações dentro da OCDE poderão "criar um regime no qual haja uma quota mínima de imposto corporativo" em todo o mundo.
O G20 espera chegar a um acordo sobre este assunto até julho, disse um funcionário do Governo norte-americano, referindo-se a uma proposta que abrange todos os setores de atividade, mas que é particularmente pesada para as empresas multinacionais digitais, que pagam impostos muitas vezes não relacionados com o valor dos seus lucros.
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